A apresentadora Angélica surpreendeu muitos fãs ao revelar que passou por um momento delicado na saúde: a menopausa precoce. Isso aconteceu quando ela tinha 43 anos e começou a notar sintomas como ondas de calor, insônia e alterações no ciclo menstrual.
Ela compartilhou sua experiência em uma entrevista à jornalista Patrícia Kogut, destacando a importância de falar mais sobre esse assunto. “Descobri que as pessoas não falam muito sobre esse período da mulher e, quando falam, acham que é o fim. E não é. Eu acho importante a mulher saber que a vida pode ser maravilhosa depois da menopausa”, contou.
O que é a menopausa precoce?
A menopausa é um processo natural do corpo feminino, geralmente esperado após os 50 anos. É o momento em que os ovários deixam de produzir os hormônios femininos, encerrando o ciclo menstrual. No entanto, quando isso ocorre antes dos 45 anos, recebe o nome de menopausa precoce, ou insuficiência ovariana prematura.
Para o #RodaViva, Angélica fala sobre angústias vividas dos 40 ao 50 anos. A apresentadora acredita que a menopausa influenciou nesse momento.
— Roda Viva (@rodaviva) December 12, 2023
"Para mim, foi um período de muita reflexão. Fiquei muito vulnerável", disse.@angelicaksy pic.twitter.com/KvzdfIDvlw
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa condição atinge cerca de 1% das mulheres. Pode ser causada por fatores genéticos, doenças autoimunes como lúpus, ou lesões nos ovários provocadas por tratamentos como a quimioterapia.
Como é feito o diagnóstico?
Se você estiver passando por alterações no seu ciclo menstrual, sentindo sintomas diferentes do habitual, vale a pena buscar um médico. O diagnóstico da menopausa precoce é feito por meio de exames de sangue que medem os níveis hormonais. A partir disso, o especialista poderá indicar o melhor tratamento, que na maioria dos casos envolve a reposição hormonal — exceto em situações específicas, como histórico de câncer relacionado a hormônios.
Principais sintomas da menopausa precoce
- Alteração no ciclo menstrual: O primeiro sinal costuma ser o espaçamento entre as menstruações, até que elas parem completamente. Se você passou um ano sem menstruar e não usa anticoncepcional hormonal, esse pode ser um indicativo importante.
- Ondas de calor: Essas ondas, geralmente à noite, provocam uma sensação repentina de calor que sobe pelo corpo, podendo causar desconforto e palpitações.
- Sudorese noturna: As ondas de calor podem vir acompanhadas de suor excessivo, principalmente durante a noite, afetando a qualidade do sono.
- Insônia: A queda nos níveis de estrogênio interfere diretamente no sono. Além disso, os sintomas físicos como calor e suor noturno atrapalham ainda mais o descanso.
- Alterações de humor: A redução dos hormônios também pode provocar oscilações de humor, ansiedade, irritabilidade e até sintomas depressivos.
- Ressecamento da pele e do canal vaginal: Com menos estrogênio no corpo, a pele e a região íntima tendem a ficar mais secas, o que pode causar desconforto e dor durante as relações sexuais.
Possíveis complicações e riscos à saúde
A menopausa precoce pode trazer riscos além dos sintomas imediatos. Ela está associada a um maior risco de doenças cardíacas e osteoporose. Sem os hormônios femininos, o corpo perde a capacidade de fixar o cálcio nos ossos, o que favorece o enfraquecimento ósseo. Além disso, a falta de estrogênio prejudica a proteção natural das artérias, o que pode levar ao acúmulo de gordura e doenças cardiovasculares.
Nem todas as mulheres podem fazer reposição hormonal — especialmente aquelas que já tiveram câncer de causa hormonal. Nesses casos, o tratamento dos sintomas deve ser feito de forma separada, com foco na saúde óssea, cardiovascular, emocional e no bem-estar geral.