Nesta quarta-feira (20), os advogados de Hytalo Santos e de seu marido, Israel Natan, organizaram uma coletiva de imprensa para tratar do caso que levou o casal à prisão por suspeita de tráfico humano e exploração sexual infantil. A expectativa era de que fossem divulgadas “provas inéditas” em favor da dupla. No entanto, durante o encontro, nenhum documento foi exibido aos presentes.
Segundo informações do portal LeoDias, os defensores apenas mencionaram que existiriam registros de passagens aéreas para São Paulo, sem apresentar o material. Questionados se também possuíam bilhetes de retorno à Paraíba, não conseguiram confirmar.
Alegação de prisão ilegal
A defesa reforçou que a prisão do casal não tem fundamentos legais. Os advogados argumentaram que Hytalo e Israel estavam de férias em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, e não tinham intenção de sair do país.
“O que não falta são argumentos de ordem técnica para convergir no sentido de que a prisão é ilegal. E é absurdo aquela decisão, porque a gente está lidando com uma decisão sem fundamentação judicial. Com a decisão de prisão preventiva, ela precisa demonstrar o risco concreto e ao que não foi atendido pelo juiz responsável pela decretação da prisão preventiva”, declarou um dos defensores.
Ainda durante a fala, o advogado mencionou que, por atuarem no meio digital, seria comum que os dois estivessem em cidades da Grande São Paulo. “Como uma pessoa que advoga bastante para influenciadores, os principais influenciadores do país, isso é fácil para quem acessa bastante o Instagram, grande parte convive lá na região de Carapicuíba, Barueri. Então é bem normal que as férias acabem sendo naquela região, porque os influenciadores interagem entre si”, completou.

Pedido de transferência para Tremembé
Outro ponto levantado na coletiva foi o pedido de transferência de Hytalo e Israel para o presídio de Tremembé, em São Paulo. Conhecida como a “penitenciária dos famosos”, a unidade já recebeu nomes como Alexandre Nardoni, os irmãos Cravinhos e o ex-jogador Robinho.
Segundo a defesa, a solicitação busca preservar a segurança do casal dentro do sistema prisional. “Nós pedimos que ele aguardasse em Tremembé enquanto fosse definida essa questão, porque trata-se de uma questão um pouco mais complexa. Não daria para isso ser definido do dia para a noite. A integridade física dele é o que nos preocupava, justamente por ele ser uma pessoa que está sofrendo uma situação muito grave, tem uma orientação sexual diversa da maioria da população carcerária. Então entendemos pertinente que isso fosse pedido ao juiz”, explicou.
Próximos passos
Sem a apresentação dos documentos prometidos, a defesa reforça que ainda vai buscar formas de comprovar a versão de que não havia risco de fuga. O caso segue em andamento na Justiça, enquanto Hytalo Santos e Israel Natan permanecem presos preventivamente.