A recente solicitação de Murilo Huff para obter a guarda unilateral de Léo, filho de 5 anos que teve com Marília Mendonça, trouxe à tona uma discussão delicada: o possível envolvimento da herança milionária da cantora nessa disputa. O processo corre em segredo de Justiça, mas, nos bastidores, especula-se que o patrimônio da artista esteja entre as razões da nova movimentação judicial.
Desde o falecimento de Marília em um trágico acidente aéreo em novembro de 2021, Léo tem sua guarda dividida entre o pai, Murilo, e a avó materna, Dona Ruth. No entanto, com o pedido recente de alteração desse acordo, surgiram questionamentos sobre quem deveria gerir a fortuna deixada pela cantora.
Léo é o único herdeiro da cantora
Marília Mendonça deixou um patrimônio estimado em aproximadamente R$ 500 milhões, acumulado ao longo de dez anos de carreira bem-sucedida. Como herdeiro direto, Léo é o titular legal dessa herança. No entanto, por ser menor de idade, a administração dos bens cabe a quem detém a tutela de seus bens, atualmente, Dona Ruth.

O inventário da cantora ainda não foi concluído, conforme a própria mãe de Marília informou em entrevistas recentes. Enquanto isso, a gestão do que foi deixado está submetida à prestação de contas na Justiça, como garantiu a matriarca em suas redes sociais:
“Quanto ao patrimônio do Léo, podem ter certeza de que este está sendo muito bem protegido, inclusive submetido a prestação de contas na ação de inventário do patrimônio que a minha filha deixou e que está até hoje em andamento.”
Obras, royalties e futuros lucros até 2092
Mesmo com o inventário em andamento, Léo já tem direito a receber os rendimentos das obras deixadas por Marília. Isso inclui músicas, documentários, filmes e outras produções relacionadas à trajetória da cantora. Segundo a Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98), os direitos patrimoniais de artistas têm validade de 70 anos após sua morte, contados a partir de 1º de janeiro do ano seguinte.
Isso significa que os lucros gerados pela reprodução das 335 músicas registradas por Marília continuarão sendo repassados a Léo até 2092. Parte desses ganhos também está ligada a documentários e produções sobre a vida da artista que já estão sendo desenvolvidos.
Como foi feita a divisão após a morte de Marília
Dona Ruth chegou a detalhar publicamente como ficou a distribuição de parte dos direitos após a morte da filha. Em entrevista ao podcast Prosa do Sertanejeiro, ela explicou: “O Léo ficou com 30% e eu fiquei com 20%, quando entrei para o escritório. Então ficaram 50% eles e 50% família.”
Além disso, atualmente há cinco empresas ativas em nome de Marília Mendonça, com a mãe da cantora atuando como sócia em pelo menos uma delas. Dona Ruth também figura como proprietária de outras seis empresas, sendo sócia com o neto em uma delas e com o marido, Devyd de Souza, em outra.
Murilo Huff quebra o silêncio
Diante da repercussão da disputa, Murilo se manifestou dizendo que preferiria manter silêncio, mas que descobertas recentes o motivaram a agir: “O mais confortável seria ficar calado, mas não posso diante de tudo que descobri nos últimos meses”, declarou, sem dar mais detalhes.
Apesar dos desentendimentos, a administração dos bens de Léo está sob fiscalização judicial, e qualquer movimentação financeira precisa ser registrada no processo de inventário. Por enquanto, a guarda do menino segue compartilhada, mas a situação ainda pode mudar com a decisão da Justiça.