Desde muito novo, Léo Mendonça Huff, filho de Marília Mendonça e Murilo Huff, teve que se adaptar a uma rotina de cuidados intensos. Aos 5 anos, ele já entende a importância do sensor de glicose que usa diariamente e da alimentação equilibrada. O diagnóstico de diabetes tipo 1 veio quando ele tinha apenas 2 anos, poucos meses depois da perda da mãe. Segundo Ruth Moreira, avó materna e cuidadora do menino, o momento emocional difícil coincidiu com o surgimento dos primeiros sintomas.
Nas redes sociais, a babá Luciene Melo, que também convive com o diabetes, apareceu ao lado de Léo em uma foto com os dois exibindo seus sensores de glicose no braço. Para Ruth, a identificação entre eles ajuda muito no dia a dia. Luciene acompanha o menino na escola e cuida de toda a rotina relacionada à condição, desde a alimentação até o monitoramento constante dos níveis de açúcar no sangue.
O que é diabetes tipo 1?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, no tipo 1, o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina. Sem essa substância, a glicose não consegue ser transformada em energia e se acumula no sangue. O tratamento inclui aplicações diárias de insulina, alimentação regrada e prática regular de exercícios.
Sobre o chamado “diabetes emocional”, especialistas dizem que esse termo não é reconhecido oficialmente, mas o estresse pode, sim, ser um fator agravante.
Rotina cheia de cuidados
Hoje, a rotina de Léo inclui controle rigoroso das refeições e medições frequentes da glicemia. Ruth relata que o neto já está acostumado, mas, às vezes, o processo pesa emocionalmente. “Teve um dia que ele chorou e perguntou se isso ia durar para sempre”, contou a avó.

Ele dorme ao lado dos avós, que se revezam para garantir que tudo esteja sob controle durante a madrugada. A glicemia é verificada mesmo enquanto ele dorme, e qualquer alteração exige resposta rápida. “Quando está muito baixa, é perigoso. Quando sobe demais, também é complicado. Então, a atenção é constante”, afirma Ruth.
Emoções e brincadeiras também influenciam
O estado emocional e o nível de atividade física interferem diretamente nos cuidados com a doença. Em dias mais animados, quando Léo corre ou joga bola, os níveis de glicose podem variar rapidamente. “Se ele corre muito, brinca demais ou fica muito animado, a glicemia pode despencar rapidamente”, alerta a avó. Apesar dos desafios, a família encontrou uma forma de seguir com leveza, informação e muito amor.