A história de Lexa e sua filha Sofia foi bastante comentada e emocionou milhares de pessoas. A cantora, que anunciou sua primeira gravidez em outubro do ano passado, viveu uma experiência com muitos desafios ao longo da gestação, apesar da gravidez planejada e de um pré-natal considerado impecável.
O diagnóstico de Lexa
Lexa teve o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Embora a condição seja mais comum em estágios mais avançados da gestação, o caso da cantora foi raro e precoce. A pré-eclâmpsia se desenvolveu de forma muito mais agressiva do que o esperado, que resultou em uma internação de 17 dias. A orientação médica mais segura tanto para a mãe quanto para a bebê foi um parto prematuro. Sofia, que chegou ao mundo com apenas 25 semanas de gestação – ou seja, apenas seis meses – infelizmente não resistiu.
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Médica de Lexa compartilha informações e detalhes do caso
Nesta terça-feira, 25 de fevereiro, Lexa usou suas redes sociais para divulgar um vídeo da médica que acompanhou a sua gestação, Dra. Camila Martin, compartilhando informações seguras sobre a condição. Com muito carinho, a cantora chamou a doutora de “minha anja” e agradeceu a dedicação.
O que aconteceu com Lexa é considerado um caso extremamente raro. Embora muitas mulheres desenvolvam pré-eclâmpsia após a 34ª semana de gestação, a cantora teve o diagnóstico muito mais cedo, o que complicou a situação. Ela fez todo o acompanhamento necessário, mas, mesmo assim, o quadro se agravou de forma rápida. “O meu caso foi extremamente raro! A maioria das mulheres tem pré-eclâmpsia mais tardia… a minha foi extremamente precoce”, relatou
A ginecologista informou que a pré-eclâmpsia é a principal causa de morte materna no Brasil e detalhou o acompanhamento realizado, enfatizando que, mesmo com toda a cautela, o agravamento da condição de Lexa não permitiu esperar mais. De acordo com a Dra. Camila, o caso chamou atenção para a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de um acompanhamento constante durante a gestação. “Acompanhamos o caso com toda a cautela possível. Mas, após duas semanas não podíamos mais esperar. Lexa começava a apresentar sinais de agravamento com disfunção hepática severa e sintomas associados. A decisão foi tomada para salvar a vida das duas, uma mãe que não está bem, o bebê não fica bem. O parto aconteceu sem intercorrências, mas, infelizmente, a prematuridade extrema ainda era um grande desafio”, explicou a médica.
“Como ser humano, mais do que como papel de médica, é impossível estar verdadeiramente preparada para casos tão dolorosos. Juntos podemos fazer a diferença. É por isso que estou aqui hoje contando essa história, não com o final que eu gostaria. Mas, com ela aqui, como prova viva de que o diagnóstico precoce pode salvar vidas”
Veja o vídeo completo:
A luta que virou luz para outras mulheres
Após a divulgação pública do que aconteceu com a filha de Lexa, um importante desdobramento aconteceu no sistema público de saúde. A cantora celebrou o fato de que, após sua história ganhar visibilidade, o uso de cálcio em gestantes passou a ser adotado como medida preventiva para o tratamento de pré-eclâmpsia.
Ela compartilhou em suas redes sociais o alívio por saber que sua luta pode ajudar outras mulheres. Ela acredita que sua história e sua experiência serviram para alertar as pessoas sobre a importância de um acompanhamento médico adequado e de um diagnóstico precoce.