Desde a morte trágica de Marília Mendonça em 2021, a guarda de seu único filho, Léo, se tornou centro de uma disputa judicial entre Murilo Huff, pai da criança, e Dona Ruth, avó materna. A situação ganhou os holofotes após rumores de desentendimentos entre os dois. Nas redes sociais, Huff passou a ser acusado por alguns internautas de visar o dinheiro deixado pela cantora. No entanto, os bastidores da história revelam outra realidade.
Logo após o acidente que vitimou a “Rainha da Sofrência”, a família da artista teve que lidar não apenas com o luto, mas também com a preocupação sobre o futuro financeiro de Léo, que na época tinha pouco mais de um ano. De acordo com uma fonte próxima à família, havia o receio de como seria a administração do vasto patrimônio de Marília.
O direito de Murilo Huff e sua escolha
Por ser o pai do único herdeiro de Marília, Murilo poderia legalmente assumir tanto a guarda definitiva do menino quanto o papel de inventariante dos bens. Isso incluiria desde os imóveis e valores financeiros até os direitos autorais de suas composições e gravações, que continuam gerando receita significativa.

Apesar disso, ele optou por não assumir essas funções. Segundo informações apuradas pela imprensa, Huff preferiu deixar a administração da herança e a responsabilidade pela criação de Léo com Dona Ruth, que estava emocionalmente devastada pela perda da filha.
Como está organizado o espólio de Marília
Avaliada em cerca de R$ 500 milhões, a fortuna construída por Marília Mendonça ao longo de sua carreira é destinada integralmente a Léo, o único herdeiro legal. No entanto, por ainda ser menor de idade, ele não pode acessar os valores diretamente. A gestão desses recursos é feita por quem detém a tutela legal, atualmente exercida pela avó.
Até o ano de 2023, o processo de inventário seguia sem conclusão, conforme relatado por Dona Ruth. Ela assegurou que todas as movimentações financeiras relacionadas ao espólio estão sendo documentadas e prestadas à Justiça.
“Quanto ao patrimônio do Léo, podem ter certeza de que este está sendo muito bem protegido, inclusive submetido a prestação de contas na ação de inventário do patrimônio que a minha filha deixou e que está até hoje em andamento”, declarou nas redes sociais.
Receita com obras e produções post mortem
Mesmo com o inventário em andamento, os lucros provenientes da obra artística de Marília não param. Léo continua recebendo royalties das 335 músicas registradas pela mãe e de produções audiovisuais em andamento, como filmes e documentários sobre sua vida e carreira.
Pela legislação brasileira de direitos autorais (Lei 9.610/98), os rendimentos das obras são garantidos por 70 anos após o falecimento do artista. Isso significa que o filho da cantora terá direito aos lucros gerados até o ano de 2092.
Divisão e empresas ativas
A mãe da cantora também revelou, durante uma entrevista, como ficou definida a participação nos lucros da obra da filha: “O Léo ficou com 30% e eu fiquei com 20%, quando entrei para o escritório. Então ficaram 50% eles e 50% família”, explicou.
Além disso, há cinco empresas ainda ativas registradas no nome de Marília. Dona Ruth aparece como sócia em uma delas, e também participa de outras empresas em conjunto com o neto e com seu companheiro.