A cantora e ativista Preta Gil, de 50 anos, faleceu neste domingo, 20 de julho, após um agravamento em seu estado de saúde enquanto se deslocava para o aeroporto nos Estados Unidos. Ela estava pronta para voltar ao Brasil, encerrando mais uma etapa de seu tratamento contra o câncer.
Segundo a assessoria da artista, Preta se sentiu mal durante o trajeto até o aeroporto, precisando retornar ao hospital. Apesar dos esforços médicos, ela não resistiu. O falecimento ocorreu nos EUA, onde ela estava em cuidados médicos desde maio deste ano.
Jornada contra o câncer começou em 2023
Em janeiro de 2023, Preta recebeu o diagnóstico de adenocarcinoma no reto, um tipo agressivo de câncer. Desde então, sua rotina foi completamente voltada para o tratamento, que incluiu sessões intensas de quimioterapia, radioterapia, cirurgia e diversas internações.
A doença foi descoberta após ela relatar dores abdominais persistentes. Após uma internação no Rio de Janeiro e a realização de exames detalhados, veio o diagnóstico que a levou a interromper os compromissos profissionais.
Tratamento em renomadas instituições nos Estados Unidos
Nos últimos meses, Preta passou a realizar o tratamento no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, e também no Virginia Cancer Institute, em Washington. O objetivo era buscar novas abordagens após uma recidiva da doença, que exigiu mudanças na estratégia médica.
A decisão de procurar ajuda fora do país foi uma tentativa de buscar alternativas mais avançadas para combater o câncer. “Ela estava determinada a lutar até o fim”, disse a equipe responsável por sua comunicação.
Um símbolo da música e da representatividade
Preta Gil era muito mais do que uma cantora de sucesso. Filha do icônico Gilberto Gil, ela construiu uma trajetória única no cenário artístico brasileiro. Ao longo de sua carreira, Preta se destacou pela autenticidade, talento e ativismo.
Firme defensora da igualdade de gênero, da valorização da diversidade e dos direitos da comunidade LGBTQIAPN+, ela usava sua visibilidade para levantar bandeiras importantes. “Ela não apenas cantava, mas fazia questão de dar voz a muitas causas”, destacam amigos e fãs.
Homenagens e legado
Nas redes sociais, personalidades, artistas e anônimos lamentaram profundamente a perda. As homenagens ressaltam não só seu trabalho artístico, mas também a coragem com que enfrentou a doença e sua luta incansável pela vida.
O legado de Preta Gil seguirá vivo por meio de sua música, sua história e a inspiração que deixa para tantas mulheres brasileiras. Sua partida precoce é sentida por todos que acompanharam sua carreira e admiraram sua força.