Pela primeira vez desde a perda do filho, a apresentadora Tati Machado decidiu abrir o coração em rede nacional. Em uma conversa sincera com Renata Capucci no programa “Fantástico”, exibido no último domingo (27), ela dividiu com o público os momentos mais difíceis de sua jornada de maternidade interrompida.
Ao lado do marido, Bruno Monteiro, Tati compartilhou a dor do luto após a morte de Rael, que faleceu ainda no útero, durante a 33ª semana de gestação, em maio. A entrevista emocionou o público pela honestidade e sensibilidade com que o casal abordou o assunto.
“Eu sei que posso sorrir. O meu sorriso não é esquecer, o meu sorriso é lembrar. Eu vou sorrir sim, vou me levantar sim. Porque é o que a vida pede de mim.” (Tati Machado) #Fantástico pic.twitter.com/hRTj8pxDS4
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) July 28, 2025
Uma perda inesperada e devastadora
A gestação estava avançada e cheia de expectativas quando veio a notícia que ninguém deseja receber. Segundo Tati, tudo parecia estar bem, mas algo mudou. Foi durante um exame que o casal descobriu que o coração do bebê havia parado.
“Foi um silêncio ensurdecedor. Eu esperava ouvir o som do coração e não ouvi nada”, revelou a apresentadora, visivelmente abalada. O impacto foi imenso, e a partir daí, começou um processo doloroso de aceitação e reconstrução.
O peso da culpa e os sentimentos do luto
Durante o bate-papo com Capucci, Tati tocou em um ponto que muitas mulheres que passam por perdas gestacionais enfrentam: o sentimento de culpa. Ela não escondeu a dificuldade de lidar com essa emoção: “Eu me sinto culpada porque acho que não consegui, não dei conta. Eu passei a gravidez toda com medo, mas fiz tudo. Eu fazia a ultrassonografia toda hora”, desabafou.
Segundo ela, o luto é um emaranhado de emoções conflitantes. “Você sente amor, saudade, raiva. E a raiva bate de um jeito que você chega a se perguntar”, disse Tati. O relato deixou claro que, mesmo rodeada de apoio, o processo de cura é longo e individual.

Uma dor que se repete
Essa não foi a primeira vez que Tati enfrentou uma perda gestacional. Em 2019, ela e Bruno já haviam passado por um aborto espontâneo, ainda no início da gravidez. Embora as experiências tenham sido diferentes, ambas deixaram marcas profundas.
Tati relembra que, naquela época, teve menos tempo para criar laços, mas a dor também foi significativa. Agora, com a perda de Rael, ela sente que perdeu não apenas um bebê, mas também todos os planos e sonhos que já havia construído.