Wanessa Camargo, aos 42 anos, está acostumada aos holofotes desde pequena. Filha do sertanejo Zezé Di Camargo, ela cresceu rodeada pela música e pela fama, e agora comemora 25 anos de uma trajetória artística marcada por altos e baixos, mudanças de estilo e muito autoconhecimento.
Em entrevista à revista Quem, Wanessa revela que este é um momento especial, de retorno às origens e de reconexão com o que realmente importa para ela. “Mesmo nos erros, mesmo nos acertos, tento fazer o meu melhor”, declara.
(Foto: Reprodução/Instagram @wanessa)
Lado B: um reencontro com sua própria história
Para comemorar esse marco de carreira, Wanessa lançou o álbum “Lado B”, gravado ao vivo durante um show em São Paulo. O projeto reúne faixas menos conhecidas de sua discografia, mas que têm grande significado pessoal. “Esse projeto revisita memórias. Quando comecei a cantar, já me emocionei, porque cada música representa um momento da minha vida”, contou.
A cantora afirma que a música tem o poder de transportar o ouvinte no tempo, e foi exatamente isso que aconteceu com ela durante o processo. “Isso me fez pensar na vida atual e perceber que estou muito feliz, porque tenho uma trajetória, trilhei um caminho, construí uma história com meu público e com meu trabalho”.
Wanessa tinha apenas 17 anos quando lançou seu primeiro álbum, que apresentou ao público o sucesso “O Amor Não Deixa”. Mesmo depois de tanto tempo, ela sente que aquela jovem artista ainda faz parte de quem é hoje.
“Eu ainda carrego muito da minha mulher de 17, 18, 19, 20 anos. Ela não deixou de existir, caminha comigo. Hoje, ao lado dela, existe também uma mulher adulta, mais madura, consciente, querendo evoluir e acertar”.
Ela destaca que todas as versões de si, criança, adolescente, jovem e adulta, caminham juntas agora. O olhar mais consciente e responsável sobre a vida vem da experiência. “Hoje, consigo enxergar as coisas de forma mais consciente e responsável do que aos 20 anos”.
Amor, críticas e expectativas: aprendizados ao longo da jornada
Durante sua trajetória pública, Wanessa enfrentou muitas críticas, viveu relacionamentos sob os olhos do público, como o conturbado namoro com Dado Dolabella, encerrado definitivamente em fevereiro de 2025, e aprendeu a lidar com as expectativas externas.
“No fundo, é sempre sobre a gente. Quando tentamos atender demais à expectativa do outro, é porque temos uma necessidade grande de sermos amados”, reflete.
Wanessa e Dado tiveram muitas idas e vindas (Foto: Reprodução/Instagram)
Ela reconhece que, embora respeite profundamente o público, sua prioridade é manter-se fiel a si mesma. “Com todo respeito ao público, já que o trabalho é para que eles curtam, se divirtam e se emocionem, busco o que tenho de mais verdadeiro dentro de mim”.
Conexão, verdade e propósito
Ao longo dos anos, Wanessa percebeu que suas vivências emocionais são compartilhadas por muitas mulheres. “Entendo que, como mulher hoje, minhas emoções, dores e desafios se parecem muito com os de outras pessoas. Todos passamos pelos mesmos dilemas, angústias, vontades. Queremos viver com propósito, amar, sentir o amor”, afirma.
Ela também reforça a importância de estar em paz consigo mesma, mesmo quando erra. “Reconheço, peço desculpas quando necessário, tento ter humildade. A gente erra muito, mas o importante é saber que estou tentando viver a vida da forma mais correta possível”.
Sem pressões e focada no que toca sua alma
Wanessa diz que deixou de se preocupar com números ou com o que esperam que ela cante. Hoje, prioriza aquilo que realmente a toca. “Se fizer isso, fico louca. Preciso cantar o que me toca. É dessa base verdadeira que consigo falar com o público”.
Ela entende que nem todos vão se identificar com cada fase de sua carreira, e está tudo bem com isso. “Nem sempre todo mundo vai se identificar com todos os trabalhos, ainda mais em uma carreira de 25 anos. E está tudo bem”.
Mais do que uma retrospectiva musical, o novo projeto serviu para Wanessa reencontrar partes de si que ainda a inspiram. “Foi entrar em contato com partes das quais tenho orgulho: meu sonho, minha vontade de amar, de ser amada, de descobrir o amor e a vida. Esse projeto me levou de volta para aquela menina de 17, 18, 20 anos”.