Sempre que chego à escola da Nina, faço questão de abrir o vidro do carro e cumprimentar o porteiro. Um dia a Nina pediu pra eu abrir o vidro dela também e disse ‘bom dia’ ao moço. Ele respondeu: ‘Bom dia Neném’. Ela ficou decepcionada e me disse: ‘Pai, eu não sou Neném’. ‘- É verdade filha, amanhã a gente explica isso pra ele’.
No dia seguinte, antes do problema se agravar, chamei o moço e perguntei seu nome. Meu nome é Frank, respondeu. ‘- Muito prazer Frank, eu sou o Ike e ela é a Nina’. Nisso vem uma voz do banco de trás: ‘Bom dia Frank’. ‘- Bom dia Nina respondeu o novo amigo’. A partir desse dia nos cumprimentamos pelo nome e a chegada à escola ficou bem mais legal.
Até pouco tempo, crianças não tinham voz e muito menos os estímulos para o desenvolvimento. Hoje em dia temos que ficar atentos com tantas informações e filtrar o que realmente queremos aplicar.
Eu e a Luciana somos completamente diferentes. Desde a altura – ela é bem mais alta – até o gosto musical. Mas o valor que temos com a família são exatamente os mesmos. E assim, a nossa união vai longe…
A Nina vive nos pedindo um irmãozinho ou irmãzinha. Está nos planos atender seu pedido. Tanto eu quanto a Lu temos irmãos e queremos que a Nina aprenda a dividir, discutir, brigar e amar muito aquela pessoa que estará sempre por perto. Mas foi ela quem nos ensinou sobre o melhor ofício da vida. Filha, aprendemos a ser pai e mãe com você. Temos muito orgulho dessa menina de apenas 4 anos que faz questão de ser chamada pelo nome e retribui fazendo o mesmo com as pessoas com quem se relaciona.
Tenham uma ótima semana!
Bjs e Abs do Ike, pai da Nina.