O irmão da Nina que está a caminho acaba de fazer cinco meses na barriga da mãe. Aqui fora são tantos pensamentos que passam pela minha cabeça… outro dia estava pensando que a Nina será filha única até janeiro de 2014. Mas, na verdade, desde que descobrimos a gravidez, ela já deixou de ser filha única.
Ela tem tido reações que me emocionam. A Nina disse que quer doar o seu quarto para o irmão, por ser mais perto do quarto dos pais e ela se muda para o outro. Nós nunca faríamos essa mudança, mas como partiu dela, resolvemos aceitar. Como ela já tem quatro anos está se sentindo mocinha para nos ajudar. Os dois vão ganhar decoração nova nos quartos. Ela já escolheu as cores do dela e disse que quer “brilho” no quarto novo.
Como a minha filha é perua. Será que isso passa? Eu tenho pavor de fantasia que solta brilho pela casa inteira e principalmente no carro do papai. Outra coisa que eu não aguento é maquiagem. Ela sabe disso e vem direto se exibir com o rosto todo pintado “por ela, claro” e aquele batom vermelho. Eu grito: “AAAAAAAHH” e ela caí na risada.
Faço cada coisa por ela, que nunca imaginei.
“Papai, posso pintar as sua unhas?”
“Claro filha, manda bala…”
“Fique tranquilo, pai. Vou pintar umas de azul e outras de verde porque você é menino, tá?”
Tô muito feliz que vou ter um menino. Mas agradeço sempre por ter tido a minha menininha antes. Hoje eu tive que viajar para fazer um trabalho e volto amanhã. Ela me ligou perguntando se eu volto amanhã mesmo, eu confirmei e disse: “Tive uma ideia filha, que tal você dormir na cama com a mamãe e usar o travesseiro do papai?”. E ela respondeu: “Boa ideia pai, assim, quando você chegar, vai sentir o meu cheirinho no seu travesseiro”.
Um dos melhores livros que já li, chama-se: “Coração de pai”, de José Ruy Gandra. Ele relata de forma primorosa a relação com seus dois filhos homens. Tem um momento em que confessa com humor ter certa inveja dos amigos que tem filha. Essa é uma ótima dica de leitura desse universo “Pais & Filhos”
Vivemos um momento engraçado com a Nina em uma festinha infantil. Ela estava toda concentrada construindo um cavalinho de pau, quando olhou pra moça que estava ajudando e disse: “Tia, posso fazer um pro meu irmãozinho?”.
Fiquei emocionado com a atitude e meus olhos marejaram. Ela me olhou e disse: “Pra ele não pegar o meu, né, pai?” (risos) Muito malandra essa menina!
Tenham uma ótima semana!