Apesar da aparência moderna e dos sabores atrativos, os cigarros eletrônicos — também chamados de DEFS (Dispositivos Eletrônicos de Fumar) — representam sérios riscos à saúde, especialmente durante a gestação. Muita gente acredita que seja uma opção mais segura, mas essa impressão pode ser perigosa, pois, quando qualquer substância é inalada, pode afetar diretamente na formação do bebê.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os DEFs contém nicotina, solventes e aromatizantes que ao serem inalados, liberam compostos tóxicos como formaldeído, acetona, metais pesados e nitrosaminas. Essas substâncias têm potencial de causar estresse oxidativo, danos ao DNA e inflamações nas vias respiratórias — efeitos que podem impactar diretamente a saúde fetal.
Riscos para o desenvolvimento do bebê
Durante a gravidez, tudo o que a mãe consome pode afetar o bebê. A exposição à nicotina, mesmo em doses menores, pode comprometer o desenvolvimento neurológico fetal, aumentar o risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Além disso, há evidências de que a exposição à fumaça também pode ser prejudicial.
A SBP alerta que os efeitos dos DEFS sobre o sistema imunológico podem afetar a capacidade do organismo de combater infecções, o que é preocupante em gestantes, que já têm o sistema imunológico naturalmente modificado.
“Menos pior” – o falso conforto dos vapes
Muitos usuários acreditam que os cigarros eletrônicos são uma alternativa segura ao tabagismo tradicional. No entanto, a SBP destaca que essa teoria não se sustenta diante das evidências científicas, podendo levar à dependência e ao uso posterior de cigarros convencionais.
Influência digital
Desde 2009, a ANVISA proíbe a comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. Ainda assim, seu uso cresce, impulsionado por campanhas e influenciadores digitais nas redes sociais. A estética dos dispositivos e a falsa ideia de segurança têm atraído inclusive gestantes, o que preocupa especialistas.
Posicionamento contra os DEFs
A SBP reforça a urgência em combater a legalização desses dispositivos e proteger as populações vulneráveis — como gestantes e crianças — dos riscos associados.