Segundo o que agência de notícias estatal Xinhua disse nesta segunda-feira, 31 de maio, o governo da China permitiu que os casais tenham até 3 filhos após queda de natalidade no país. A medida, de acordo com a CNN, faz parte da mais recente flexibilização das políticas rígidas de planejamento familiar do país para tentar evitar uma crise demográfica.
Ainda não se sabe quando a medida será implementada, tendo em vista que a decisão foi tomada em reunião ainda desta segunda-feira (31).

Um grande fator para a escolha foi o censo de 2020, publicado por Pequim há 3 semanas. Nele, os dados mostraram que a população chinesa estava crescendo ao ritmo mais lento em décadas. Ainda, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China, a população cresceu apenas 5,38% na última década – a taxa de crescimento mais lenta desde, pelo menos, os anos 1960.
Política do filho único
Em busca de diminuir o contingente populacional e controlar a pobreza no território chinês, em 1979 a política do filho único foi instaurada no solo nacional, limitando, por mais de 35 anos, os casais a terem só 1 filho.
Com o passar do tempo, a economia da China cresceu e as necessidades demográficas mudaram. Hoje, o governo conta com uma grande força de trabalho jovem para sustentar altos níveis de crescimento econômico. Na tentativa de evitar uma crise demográfica, o governo chinês anunciou em 2015 que afrouxaria as restrições de nascimento para permitir até dois filhos por família.
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Baixa na natalidade
Ainda assim, por mais que a campanha tenha ganhado apoio internacional, com o alto custo de vida na China, a reversão da política não conseguiu aumentar a taxa de natalidade do país, que caiu quase 15% ano a ano até 2020.
Os dados do censo de 2020 mostraram que a proporção da população com mais de 65 anos aumentou rapidamente na última década, de 8,87% em 2010 para 13,5% em 2020.

O governo chinês também discutiu o aumento da idade de aposentadoria em uma tentativa de lidar com o envelhecimento da força de trabalho. Atualmente, os homens se aposentam aos 60 anos, enquanto as mulheres podem parar de trabalhar aos 55 em empregos administrativos.