Um corretor de imóveis de 49 anos relatou quando começou a realizar doações para a realização do método de inseminação caseira.

O homem diz que fez sua primeira doação no ano de 2017, quando viu em um grupo no Facebook o pedido de um casal de mulheres que não tinham condição de pagar para fazer a inseminação em uma clínica, e desde então, não parou de realizar as doações a quem entra em contato.
Vote na Pais&Filhos para o Troféu Mulher Imprensa!
Andressa Simonini, editora-executiva da Pais&Filhos, está concorrendo ao prêmio da categoria Pertencimento e Inovação da 16ª edição do Troféu Mulher Imprensa! Para votar, é muito simples: CLIQUE AQUI e aperte o botão ao lado da foto da Andressa para que ele fique azul. Em seguida, preencha o campo com seus dados e vá até seu email: será preciso confirmar o seu voto clicando em um link. Depois disso, sucesso! Seu voto já foi contabilizado. Obrigada!

Por não haver registros oficiais das doações, Alfredo (nome fictício) diz já ter perdido a conta, mas deduziu que são aproximadamente mais de 100 bebês gerados através dos espermatozoides doados e que as crianças estão localizadas em vários estados do país, sendo a maioria em São Paulo, onde ele mora.

Alfredo conta não ter contato com as crianças, garantindo que o contato só é feito através das redes sociais com as pessoas que desejam receber a doação, chegando até ele por saberem que supostamente o corretor tem uma alta taxa de fecundação. Depois das doações, ele diz ter recebido dos casais algumas fotos dos bebês, confirmando que o processo deu certo, mas o contato não prossegue.
O corretor confirma não cobrar nada além do valor utilizado para o deslocamento do local que ele se encontra até as pessoas que entraram em contato.
Possíveis riscos
Apesar de não ser recomendada pelos médicos, por não haver um acompanhamento profissional, podendo causar riscos a saúde, a inseminação caseira é bastante procurada através das redes sociais e também por casais que não possuem condição de pagar pela inseminação artificial em alguma clínica. O método, que acontece na própria casa da pessoa, consiste na coleta dos espermatozoides de um doador, que são injetados com uma seringa no corpo da mulher que gestará a criança. Porém, sem os cuidados necessários, os riscos de infecção e transmissão de doenças é grande.
“Pegar o sêmen bruto sem nenhum tipo de processamento e inocular no útero tem implicações médicas que podem trazer certo risco do ponto de risco infeccioso, por ISTs ou contaminações outras”, alerta Pedro Augusto Araújo, vice-presidente da Comissão Nacional de Reprodução Humana da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Frebrasgo). Além disso, também vale lembrar que, ao contrário da realização caseira, o procedimento feito através da clínica, garante o anonimato do doador do sêmen.