
Com certeza toda grávida já escutou que manter a relações sexuais com o seu parceiro pode induzir o trabalho de parto. Entretanto, pesquisadores da Universidade de Nápoles, na Itália, pode ter colocado a teoria em cheque.
Luigi Carbone foi o responsável por liderar o estudo. Sua equipe analisou 3 pesquisas publicadas antes de julho de 2019, mas de acordo com os resultados, eles afirmaram que não existe relação direta entre o sexo e o trabalho de parto.
Nos artigos publicado no The Journal of Sexual Medicine, cerca de 1500 mulheres, cada uma grávida de um filho, foram monitoradas.
Os pesquisadores separaram as mulheres grávidas da Malásia em dois grupos: aquelas que praticavam as relações sexuais o máximo de vezes possíveis e o grupo de controle, que não aconselhado a nem cogitar praticar o sexo. Enquanto, um estudo realizado em Portugal pediu para que as gestantes do terceiro semestre fizessem sexo pelo menos duas vezes por semana.
Os resultados mostraram que a diferença dos partos era sutil entre os grupos que manteve as relações e o grupo de controle. Apesar disso, por não apresentar malefícios, os pesquisadores disseram que a relação sexual não precisa ser restrita. Vale lembrar que se a sua bolsa estourou, é importante que evite o sexo por aumentar os riscos de infecção.
“Mais estudos são necessários para avaliar adequadamente o impacto do orgasmo, penetração, uso de preservativos, frequência das relações sexuais e outros fatores na indução do parto”, informou a equipe em entrevista ao jornal britânico The Daily Mail.
Como surgiu a teoria?
Luigi Carbone afirmou que a teoria surgiu por volta da década de 70. “Existem muitas explicações fisiológicas para essa suposição”, informou o pesquisador.
Acredita-se que devido ao orgasmo feminino, o útero desencadeia uma série de contrações, semelhantes às contrações do trabalho de parto. Além disso, o sêmen é rico em prostaglandinas E e F2α, mas em concentrações menores. Normalmente, estas substâncias são usadas para indução do trabalho de parto, visto que aumenta o muco cervical das mulheres grávidas e controla o fluxo sanguíneo
“O sexo também pode ter efeitos mecânicos, porque pode haver um aumento nas contrações uterinas. Até o orgasmo feminino tem sido associado à contratilidade uterina”, finalizou Luigi.
Leia também:
6 histórias provam que o sexo durante a gravidez faz muito bem