Uma pesquisa com mil mulheres brasileiras, entre elas mães, gestantes e as que desejam ou não ter filhos no futuro, revelou que o preconceito e a discriminação com mães no ambiente profissional infelizmente ainda são realidade no Brasil. Dessas mil, 47% sentiram que foram rejeitadas para uma vaga pelo fato de serem mães ou de pretender ser, e 46% dizem ter sido vistas com maus olhos quando precisaram de tempo fora para cuidar de alguma questão relacionada aos filhos.
Mas a história de Marcela Caldeira, de 35 anos, é uma linda exceção a essa triste estatística. Segundo reportagem do jornal Correio Braziliense, ela acaba de ser contratada, aos 9 meses de gestação, por uma multinacional americana de tecnologia, a ThoughtWorks, em um escritória de Belo Horizonte. “Minha história é uma exceção, mas eu queria muitas outras como essa. Queria que minha experiência fosse algo rotineiro”, disse em entrevista ao jornal.
Marcela trabalha como designer de experiência e foi chamada no sétimo mês de gravidez, para participar de um processo seletivo da empresa, que é conhecida por promover a diversidade entre os funcionários. “Estar grávida não foi um obstáculo. Eles deixaram claro que era a minha competência que estava sendo avaliada”, contou.
Como exceção às milhares de mulheres que são expelidas do mercado de trabalho quando viram mães, Marcela acredita que as grávidas têm ainda mais medo de serem demitidas. A gente se cobra para sermos igualmente valorizadas. Uma fase que deveria ser leve, vira um momento de provação”, completa.
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