Já imaginou estar na expectativa de ter um bebê e virem três? Essa é a história de Heloína Carla, de 36 anos. Ela conheceu o parceiro, Roosevelt, há 10 anos e após 7 anos do término do relacionamento o casal resolveu reatar relação. Com grande sonho de ter filhos, a dupla começou a pensar na melhor alternativa para aumentar a família.
Em entrevista exclusiva à Pais&Filhos, a futura mãe explica como tudo começou: “Roosevelt já era pai de 3 e fez a vasectomia há mais de 20 anos”. Por isso, o casal decidiu ir atrás da inseminação, que, no entanto, não aconteceu como eles esperavam. “Achávamos que só a inseminação seria o suficiente, mas fomos informados que nesse caso, o procedimento indicado seria a FIV, Fertilização In Vitro“.
O procedimento, também conhecido como “bebê de proveta”, é mais complexo do que a inseminação artificial. Nele, a origem da vida acontece fora do corpo da futura mãe. De acordo com a Dra. Melissa Cavagnoli, especialista em reprodução assistida da Huntington Medicina Reprodutiva, esse método é indicado quando as tubas uterinas são obstruídas, impedindo a fertilização natural, ou pouco competentes, além de casos de endometriose profunda, ovário policístico, idade mais avançada da mulher, homens com alteração no sêmen — como baixa concentração ou mobilidade — e possíveis alterações genéticas que podem ser transmitidas ao bebê.
Com questões financeiras, o casal comentou sobre as barreiras em encontrar um lugar que fizesse o procedimento e que fosse acessível, mas conseguiram encontrar o programa ‘FIV Para Todos‘, que é específico de uma clínica em Minas Gerais. “Foi um facilitador desse sonho”, comenta Heloína, que só tem gratidão pela gravidez.
Ao ser questionada sobre como ela está se sentindo sobre a gestação, Helô, como é chamada pelos amigos e familiares, conta: “A gente sente tudo de uma vez… muita alegria, mas também muito medo e ansiedade. Ainda bem que eu já contava com apoio psicológico, que até hoje me ajuda muito!”.
A descoberta dos trigêmeos
Com tudo pronto para a chegada dos bebês, que devem nascer no próximo mês, a grávida contou como foi descobrir que seria mãe de trigêmeos. “Foi quase o mesmo do que ganhar na Mega Sena”, brinca Heloína. Ela esperava ficar grávida de apenas um bebê, mas como o protocolo é colocar 2 embriões para que geralmente um deles se desenvolva, Helô aceitou as chances. Ao lembrar de quando ouviu dois corações batendo no ultrassom, ela assume que se assustou, mas que ao mesmo tempo ficou muito feliz.
Um mês depois, a dupla teve outra surpresa. “Fomos fazer o exame de ultrassom e descobrimos que eram três bebês! Outra surpresa, que benção! Confesso que sentimos um pouco de medo [devido aos riscos da gestação], mas muito contentes com os nossos ‘prêmios’”.
Para fechar com chave de ouro, Helô conta que os trigêmeos já têm nomes – são duas meninas e um menino, que se chamarão Aurora, Liz e Bento. Além disso, as meninas serão gêmeas idênticas, já que são o resultado da fecundação de um único óvulo que se dividiu no útero.
Uso das redes sociais
Para ela as redes sociais foram muito importantes durante a gestação e grande fonte de pesquisa. “Teve muita gente que me ajudou!”, reforça. Ela ainda aproveitou para falar que existem muitas mãe que não gostam de contar que fizeram o procedimento [FIV] e tentantes que precisam de tratamento, mas têm medo de começar. E esse apoio, mesmo que distante fisicamente, faz toda a diferença.
Dessa maneira, Helô assumiu este papel e hoje encoraja mulheres a persistirem e seguirem seus sonhos. “São pessoas que nem conheço, e me chamam pelo Instagram para buscar orientações. E depois, voltam para contar que deu certo, é muito gratificante”, ela conta, orgulhosa. Para finalizar, a mãe de trigêmeos aproveita a oportunidade para deixar um recado importante às mães que fizeram FIV ou às tentantes que também recorrem ao tratamento: “Ter filhos por meio do tratamento não nos faz menos mães”.