
A gravidez causa mudanças hormonais nas mulheres. Essas transformações, além dos conhecidos enjoos nos primeiros meses, também podem favorecer o surgimento de manchas na pele. Chamadas de melasmas, essas manchinhas são causadas pelas células do melanócito, que dão cor à pele.
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“As células são de defesa e causam manchas para proteger a pele dos raios ultravioleta, da luz visível e do infravermelho”, explica Michele Haikal, filha de Mauro e Maria de Fátima e dermatologista formada pela “Harvard Medical School” (faculdade de medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos).
Durante a gravidez, os cosméticos usados para tratar as manchas estão proibidos. A maioria é composta por ácidos e clareadores muito perigosos para o desenvolvimento do bebê. Por isso, é indispensável a proteção com bloqueador solar, de preferência indicado para gestantes.
Depois do parto, já é possível começar a pensar nos tratamentos. É comum que essas manchas se atenuem com o passar do tempo. Porém, alguns casos precisam de mais atenção e cuidados especiais. Os tratamentos podem ser estéticos ou até por via oral para equilibrar os hormônios. “Esses ajustes hormonais também podem ser feitos por cremes manipulados de acordo com os exames daquela paciente”, lembra a dermatologista.
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Já na parte estética, existem muitos tratamentos que podem ser feitos para amenizar os melasmas. Um deles são injeções com substâncias clareadoras, como o ácido tranexâmico. Peelings químicos feitos com produtos clareadores, como arbutin, hidroquinona e ácidos (mandélico, fítico, kójico dipalmitato, elágico e retinóico) também são uma boa alternativa para tentar dar fim aos melasmas.
Outro procedimento que pode ajudar a tratar as manchas é a dermatoscopia digital de alta resolução com luz polarizada. Essa intervenção ajuda a estudar melhor o melasma. “Isso pode ser feito na própria consulta e serve para mostrar se existem microvasos associados e qual a profundidade do melasma, indicando se existe a necessidade de tratar com alguma luz ou laser”, explica a dermatologista.