Uma publicação feita na sexta-feira, dia 16 de agosto, no Linkedin viralizou por um motivo superpositivo. Uma das empresas do site tinha acabado de contratar uma mulher, que tinha descobrido há pouco tempo sua gestação. Com receio, decidiu informar junto com as documentações sobre a gravidez para que o trabalho estivesse ciente. Diferente do que ela esperava, a resposta foi super positiva.
“A pessoa foi contratada e antes de enviar a documentação nos contata dizendo: estou grávida de 1 mês, vão querer me contratar mesmo assim? Resposta: Claro! A nossa relação está só começando.. te queremos por um período muito maior que os 4 meses de licença…. Percebi que ela ficou sem reação. Mas sabe qual é o resultado de uma contratação assim??? Dedicação, doação, empenho, motivação… Infelizmente é uma realidade no mercado, não contratar mulheres no momento mais divino e delicado de sua vida. Fazer parte deste momento, pode ser bem diferente do que a maioria pensa!!! Por mais Humanos RH, Por uma nova geração!”, contou Bianca Silveira, coordenadora de Recursos Humanos na Faculdades EST, em seu perfil.
Foram quase 2 mil comentários na publicação. Muitas mulheres elogiando o posicionamento da empresa e, sendo realista, dizendo que infelizmente essa não é a realidade em muitos locais de trabalho. “Minha experiência é um pouco diferente. Participei de um processo de seleção onde ficamos duas mulheres na última etapa. Quando recebi a notícia que a vaga não seria minha, a explicação foi: “apesar da sua experiência e avaliação positiva no processo, você é casada de nova e ainda não tem filhos, isso significa que vai querer tê-los, a outra menina já tem, e não pretende ter mais”…..ou seja, não fiquei com o trabalho porque ainda não tinha filhos e seria uma probabilidade….”, compartilhou uma delas.
Outra mulher fez questão de bater na tecla que muitas mudanças ainda precisam acontecer. “O que mais acontece é mulheres que no dia seguinte que voltam de licença são mandadas embora, em entrevistas (independente de já ter filho ou não) somos bombardeadas de perguntas sem nenhum sentido sobre filhos, coisas que nunca vi perguntarem para homens, gestantes que tem que aguentar todo o tipo de abuso e piadinhas dentro da empresa … Enfim, a realidade é outra e muitos desses abusos partem do próprio RH. Muito bonito o discurso, mas infelizmente sabemos como realmente funciona”, disse outra.
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