
Viviane Borges Gomes, de 33 anos, deu à luz no banheiro de um dos quartos do hospital. A mulher alega que a bebê bateu com a cabeça no chão e que a equipe médica demorou a socorrê-la após o parto e, por isso ela foi a Polícia Civil relatar que sofreu violência obstétrica na Santa Casa de Ribeirão Preto, em São Paulo, e que houve omissão de socorro. A Polícia investiga o caso.
A mulher, na última sexta-feira, 6 de setembro, foi até a Santa Casa avisar os médicos de que sofria de hipertensão arterial e, por isso, o parto deveria ser induzido. “A médica que me acompanhou decidiu que fosse dar entrada para induzir o parto, porque fui acompanhada com pressão alta durante a gravidez. Por conta da pressão alta, ela ia induzir ou fazer a cesárea, e ela optou por induzir”, afirmou ao jornal G1.
Depois da internação, Viviane afirmou que recebeu quatro comprimidos intravaginais, porém o parto não se concretizava e a mulher pediu para o médico fazer cesárea.“Como tenho pressão alta, fiquei com medo de ter algum contratempo durante o parto e acontecer alguma coisa com a minha bebê. Ele justificou que não podia fazer, que a cesariana só seria para quem estive já em trabalho de parto”, relatou.
Viviane começou a ter contrações e sangramentos e, pediu para que o médico a examinasse, porém ele recusou. “Não fazia questão da cesárea, fazia questão que me examinasse para ver se tinha que ser cesárea, já que eles disseram que não dilatava. Ele foi grosseiro, não me explicou nada, falou que ia mandar um termo de responsabilidade para eu assinar”, explicou.
A mulher alega que o médico afirmou que havia quatro cesáreas agendadas e que ela seria última gestante a entrar no parto. “Quando levantei, tive vontade de vomitar e fui no sentido do banheiro. Nenhum enfermeiro me acompanhou, quem me acompanhou foi meu esposo e, no momento em que cheguei ao banheiro, passando muito mal, senti a bolsa estourar”, afirmou.
Segundo entrevista ao G1, a Viviane afirmou que os especialistas do hospital foram muito grossos com ela. “Tive a sensação de ser desrespeitada. Eles foram muito grosseiros comigo. Ele [o médico] não veio, porque disse que não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo, que estava fazendo uma cesárea e, por isso, não poderia vir”, disse
Depois do nascimento da bebê, o marido pediu ajuda à equipe de enfermagem, que realizaram os primeiros procedimentos para estancar o sangue e limpar a criança dentro do banheiro. E nenhum médico estava no local.

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