Em Maryland, nos Estados Unidos, Andrea Leon, de 27 anos, ficou muito feliz quando descobriu que estava grávida em janeiro de 2014. A futura mãe conheceu o marido Irving, de 30 anos, enquanto os dois estavam na faculdade e os dois haviam se casado um mês antes, em dezembro.
E embora a notícia do bebê tenha chegado antes do planejado, o casal ficou emocionado. “Esta gravidez parecia estar indo bem e ouvimos um batimento cardíaco às oito semanas. No entanto, na consulta de 12 semanas, fui diagnosticada com ‘aborto espontâneo‘, onde meu corpo não processou a perda e continuou a agir como se eu ainda estivesse grávida de um bebê em crescimento”, disse Andrea ao The Sun.
A perda deixou o casal arrasado e Andrea foi rapidamente escalada para um procedimento chamado dilatação e curetagem – onde a paciente é submetida a anestesia geral e o bebê é removido do útero. “Um dia antes do meu procedimento agendado, eu estava tendo fortes dores e sangramento intenso. Isso durou algumas horas, mas para mim, pareceu uma eternidade”, relembra.
Andrea foi levada ao hospital devido as condições. “Fui levada às pressas para o hospital e tive um D&C de emergência. O médico olhou nos meus olhos enquanto eu chorava de dor e disse ‘Imagine como é o parto de verdade’ e riu. Eu me senti derrotado e desamparado, lembro-me de ter pensado ‘Isso é vida real?’. Foi um dos momentos mais sombrios da minha vida”, conta.
Abortos espontâneos
Infelizmente, este não foi o fim da luta de Andrea, pois entre 2 de novembro de 2014 e 5 de abril de 2015, ela engravidou mais quatro vezes – e sofreu aborto todas as vezes. “Eu não sabia que abortos espontâneos podem desencadear hiperfertilidade (que significava que Andrea provavelmente engravidaria toda vez que fizesse sexo desprotegido), então me vi grávida de novo, pouco tempo depois de me recuperar das perdas consecutivas anteriores. Perder quatro bebês em um ano foi devastador, cada teste de gravidez positivo veio com ansiedade, medo e estresse. Na minha quinta gravidez, abortei naturalmente em minha casa por volta das quatro semanas”, disse.
Andrea e o marido passaram dois anos agonizantes tentando engravidar novamente, enquanto lidavam com comentários antipáticos de especialistas em fertilidade. “Minha menstruação tornou-se irregular e dolorida. Meu ginecologista na época ignorou minhas dores e me disse que minhas perdas de gravidez eram apenas ‘azar’. Recusei-me a aceitar essa resposta e me motivei a continuar a procurar respostas e outras opiniões”, contou Andrea.
Em maio de 2017, Andrea descobriu que estava grávida de três semanas – mas quando o exame de 12 semanas foi concluído, a enfermeira confirmou que não havia batimento cardíaco. “Fui para casa com meu filho sem vida dentro de mim e carreguei-o por cerca de uma semana porque era uma semana de férias e não havia disponibilidade para realizar o procedimento. Não conseguir dormir e comer naquela época”, relembra.
Devido a tantos abortos espontâneos Andrea disse que afetou o psicológico dela. “Impactou traumaticamente minha saúde mental. Me fez sentir morta por dentro e por fora”, desabafou.
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Diagnóstico
Depois de suportar mais de seis abortos, Andrea procurou o conselho de um imunologista reprodutivo que a diagnosticou com síndrome antifosfolipídica, metilenotetraidrofolato redutase (MTHFR) e endometriose. A MTHFR é uma mutação genética que tem algumas pesquisas relacionadas a abortos espontâneos e risco de coágulos sanguíneos, enquanto Andrea acredita que a síndrome antifosfolipídica é a razão mais provável pela qual ela “desenvolveu hemorragias no útero durante a gravidez”.
“Já tomei Lovenox e aspirina para ajudar a minimizar o potencial de coágulos durante a gravidez, mas não funcionou. Meus médicos planejam aumentar minha dosagem de anticoagulantes para a minha próxima gravidez. Meus médicos explicaram que o MTHFR pode afetar não apenas a gravidez, mas também minha saúde mental. Isso explica por que o trauma era mais difícil de superar. A endometriose mostrou por que eu tinha dores agudas e latejantes na região pélvica, além de afetar minha vida sexual, pois causou uma dor tão forte a ponto de eu ter que ir ao hospital ou procurar desesperadamente por alívio da dor por meio de medicamentos, banhos quentes, almofadas térmicas, etc.”, explicou.
Andrea ainda disse que jornada de fertilidade a afetou mental e fisicamente, dizendo que tem sido difícil até para o relacionamento com Irving. “Isso com certeza afetou meu casamento. Nós passamos por terapia de casais, o que eu recomendo fortemente para casais que estão passando por isso. Mentalmente, eu luto com ansiedade e depressão. Fiz tratamentos e terapia, para me ajudar a superar o trauma”, contou.
Esperança
Apesar da tragédia de oito abortos espontâneos, o casal continua esperançoso de que um dia terá seu bebê – e recentemente tentou a fertilização in vitro, que custou mais de 100 mil até agora. Após 37 injeções, seis ultrassons e nove coletas de sangue no espaço de duas semanas.
“Acabei de fazer fertilização in vitro com testes genéticos na esperança de controlar melhor minha gravidez. Meu corpo rejeita gestações, então tive que fazer fertilização in vitro para ajudar a controlar futuras gestações do início ao fim. Para me manter preparada, tenho uma nutricionista que me ajuda a manter uma alimentação saudável constante e um plano de gravidez. Se a fertilização in vitro falhar, gostaríamos de tentar a barriga de aluguel, mas isso é um custo extremo, além da adoção”. disse.
Andrea agora tem como objetivo educar outras pessoas sobre infertilidade e perda de gravidez, compartilhando sua história no Instagram, divulgando detalhes da própria história nas redes. “Comecei isso porque me ajudou a lidar com a situação, enquanto ajudo outras pessoas a superar as perdas ou infertilidade”, finalizou.
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