Um estudo publicado na última terça-feira (8), pela Nature mostrou que o ditado “quando a mãe não consegue dormir, o bebê fica com pressa de sair” é totalmente verdade. 3 milhões de mães norte-americanas fizeram parte desse estudo entre 2007 e 2012 depois de não entenderem as razões para o parto prematuro dos seus filhos.
O resultado foi que mulheres diagnosticadas com apnéia do sono ou insônia têm quase duas vezes mais chances de ter o bebê um mês e meio antes do tempo normal de gestação. O estudo foi extremamente importante pelo alto índice de crianças prematuras que nascem todos os anos. “Perceber essa associação é importante porque nós precisamos muito de intervenções que possam fazer a diferença.” afirmou a médica Laura Jeliffe-Pawlowski, uma das autoras do artigo científico, à Nature.
Distúrbios de sono podem ser causados pelas mudanças hormonais ou pelo desconforto com o tamanho da barriga, comuns ao período da gestação, e por isso são ignorados como fator de risco em estudos sobre nascimento prematuro. Ao invés de aceitar essa condição, devemos contestá-la para que os bebês possam nascer em seu tempo normal e saudáveis.
Segundo a Fiocruz, a taxa de prematuridade brasileira (11,5%) é quase duas vezes superior à observada nos países europeus, porém 41% dos partos prematuros não são decorrentes de problemas com a saúde de mãe, mas sim por cesárias agendadas antes do tempo. No mundo todo, 15 milhões de gestações terminam até três semanas antes do período ideal (40 semanas).
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