A pílula do dia seguinte é um método de contracepção de emergência, ideal para ser utilizado após uma relação sexual desprotegida ou em situações em que outros métodos falharam, como quando um preservativo rompe. É composta por diferentes substâncias, que podem ser levonorgestrel ou acetato de ulipristal, e seu objetivo principal é atrasar ou impedir a ovulação.
Para garantir sua eficácia, é crucial que seja administrada o mais rápido possível após o ato sexual. O levonorgestrel deve ser tomado dentro de até três dias, enquanto o acetato de ulipristal é eficaz até cinco dias após a relação. A compra é geralmente realizada em farmácias, com a recomendação de consulta a um ginecologista.
Como funciona a pílula do dia seguinte?
A ação da pílula do dia seguinte está centrada em três mecanismos principais:
- Inibição ou atraso da ovulação: Reduz a possibilidade de um espermatozoide fertilizar um óvulo.
- Alteração do muco cervical: Torna mais difícil a movimentação dos espermatozoides até o óvulo.
- Interferência na mobilidade dos gametas: Reduz o risco de fecundação ao dificultar o encontro dos espermatozoides com o óvulo.
Cabe ressaltar que a pílula não tem eficácia após a implantação do óvulo no útero. Portanto, é essencial que seja tomada logo após a relação sexual para garantir sua efetividade.

Quando tomar e possíveis efeitos colaterais
Idealmente, a pílula do dia seguinte deve ser ingerida o quanto antes, de preferência dentro das primeiras 12 horas após a relação desprotegida. No entanto, seu uso é aceitável até 72 horas com levonorgestrel e até 120 com ulipristal.
Os efeitos colaterais incluem:
- Possíveis dores de cabeça ou náuseas;
- Desconforto abdominal e cansaço;
- Alterações no ciclo menstrual, como atrasos ou sangramentos fora de época.
Se o atraso menstrual exceder cinco dias, é aconselhado realizar um teste de gravidez para assegurar que a pílula cumpriu sua função.
Quando não utilizar a pílula do dia seguinte?
Existem casos em que este método contraceptivo não é recomendável, como em situações de gravidez confirmada ou suspeita. Além disso, mulheres com histórico de determinadas condições médicas, como trombose, câncer de mama, ou problemas cardíacos, devem evitar seu uso.
Além disso, o uso simultâneo de certos medicamentos, como antirretrovirais e alguns antibióticos, pode reduzir a eficácia da pílula. Assim, é crucial seguir as orientações médicas e buscar alternativas seguras para a prevenção da gravidez.
A pílula do dia seguinte é segura?
Embora a pílula do dia seguinte não seja indicada para uso regular, seu uso esporádico é considerado seguro para a maioria das mulheres. Não existem evidências de que possa afetar a fertilidade futura. No entanto, seu uso excessivo pode acarretar em desregulações hormonais e no aumento de riscos para algumas doenças.
Para um planejamento contraceptivo adequado, é sempre aconselhável consultar um especialista, que poderá indicar o melhor método para cada caso.