A pré-eclâmpsia é uma condição que pode afetar entre 2% e 8% das gestações, caracterizada por pressão alta e presença de proteína na urina. Geralmente, ela aparece após a 20ª semana de gravidez e, se não for bem controlada, pode evoluir para complicações graves, como a eclâmpsia ou a síndrome HELLP.
Mas a ciência trouxe uma novidade que pode fazer toda a diferença! Um teste de sangue, desenvolvido pela Labcorp, promete identificar precocemente o risco de pré-eclâmpsia, ainda nas primeiras semanas de gravidez. Isso significa mais chances de prevenção e cuidados antes mesmo dos sintomas aparecerem.
Como funciona o novo teste de pré-eclâmpsia?
Esse exame pode ser feito entre a 11ª e a 14ª semana de gravidez e é o primeiro do tipo a detectar sinais precoces da condição. Ele analisa quatro biomarcadores específicos, incluindo o fator de crescimento placentário (PlGF) e a proteína plasmática associada à gravidez-A (PAPP-A).
Esses biomarcadores ajudam a avaliar como a placenta está se desenvolvendo e funcionando. Quando seus níveis estão abaixo do esperado, pode ser um sinal de que algo não vai bem. Além disso, o teste também leva em consideração a medição da pressão arterial e o fluxo sanguíneo na artéria uterina, dando uma visão mais ampla sobre os riscos.
Quem deve considerar fazer este teste?
Embora seja uma ferramenta promissora, o exame ainda não faz parte das diretrizes clínicas de entidades como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG). Isso significa que a decisão sobre sua realização deve ser feita em conjunto com o profissional de saúde, levando em conta o histórico da pessoa gestante.
O teste pode ser especialmente útil para quem já tem fatores de risco para pré-eclâmpsia, como hipertensão, diabetes, doenças renais ou antecedentes da condição em gestações anteriores. Vale lembrar que ele é um exame de triagem, ou seja, não dá um diagnóstico definitivo, mas indica se existe um risco aumentado.

Como o teste pode ajudar pessoas com alto risco?
Identificar precocemente o risco de pré-eclâmpsia permite um acompanhamento mais rigoroso durante toda a gravidez. Quem tem fatores de risco pode se beneficiar com consultas médicas mais frequentes, medição constante da pressão arterial e monitoramento detalhado dos sintomas. Com isso, é possível agir rapidamente se houver sinais de que a condição está se desenvolvendo.
Entre os fatores de risco mais comuns estão:
- Hipertensão crônica;
- Diabetes;
- Doenças renais;
- Obesidade;
- Histórico de doenças autoimunes;
- Deficiências nutricionais.
Se encaixar em algum desses perfis não significa que a pré-eclâmpsia irá se desenvolver, mas indica uma necessidade maior de atenção e cuidado.
Estratégias para gerenciar e prevenir a pré-eclâmpsia
Na maioria dos casos, a pré-eclâmpsia pode ser controlada com monitoramento e algumas mudanças na rotina. No entanto, em situações mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos ou até a antecipação do parto para garantir a segurança do bebê e da gestante.
Algumas medidas podem ajudar a reduzir os riscos:
- Uso de aspirina em baixa dose após 12 semanas de gravidez, conforme orientação médica;
- Alimentação equilibrada e rica em nutrientes essenciais;
- Prática regular de atividades físicas compatíveis com a gestão;
- Controle rigoroso da pressão arterial.
Manter um contato próximo com o profissional de saúde é essencial para esclarecer dúvidas e agir rapidamente diante de qualquer sinal de alerta. Com informação e acompanhamento adequado, é possível atravessar a gravidez de forma mais tranquila e segura.