Tem coisas na vida de uma mãe que não muda. Quando eu estava esperando o Gabriel, sempre ouvia aquelas máximas sobre a maternidade e ficava pensando que seria simples. Desafiador, mas simples. Como por exemplo, a volta ao mercado de trabalho. Passei alguns anos da minha vida numa rotina intensa de televisão e via minhas colegas tendo filhos e trabalhando incessantemente. Pensava, quando chegar a minha vez, quero separar um ano inteiro só pra ficar com o meu baby. Trabalhar, só depois!

Por um presente dos céus, aconteceu exatamente como eu havia planejado. Só que aquele um ano, vivendo exclusivo para ele, se transformou em dois com a pandemia. Eu pude acompanhar a “época de ouro” do desenvolvimento do meu filho bem de perto e viver a minha “folga” profissional por mais um ano. Lembro da primeira vez que sai de casa pra fazer um jobzinho logo ali… Fiquei apenas três horas distante do meu rebento e vou confessar que o meu coraçãozinho ficou apertado. “Primeira vez é assim, depois você se acostuma!”, diziam as outras mães. “Sair pra trabalhar é bom, Refresca a cabeça…”. No meu caso, não sei posso dizer que consigo “refrescar” a cabeça porque volta e meia, meus pensamentos vão para onde meu filho e marido estão.
Fico imaginando como tantas outras mulheres lidam com esse sentimento quando têm de voltar pro mercado de trabalho depois de apenas quatro meses da licença-maternidade, e ainda amamentando. É por isso que nós partimos para empreender e nos damos tão bem nesse sentido. Porque precisamos trabalhar e precisamos cuidar das nossas crias. A mulher é uma ótima profissional, mas a mulher-mãe é incrível! Uma potência de produtividade que só quem já passou pela maternidade entende do que eu estou falando. Se o mercado formal flexibilizasse seus processos para absorver todo esse potencial, com certeza veria a economia nos números no balanço anual.
Posso dizer que eu sou uma pessoa muito mais criativa, ativa e que produz muito mais depois da maternidade do que antes disso. E olha que eu tive o Gabriel aos 39 anos. Ou seja, só isso já me descartaria em alguns processos seletivos por aí. Empreender pode ser uma necessidade para as mulheres que têm filhos, mas também é um caminho possível e brilhante! Cheio de possibilidades. Afinal, nós mulheres somos naturalmente abençoadas com essa energia criadora.
Passados quase quatro anos, meu baby agora já é um meninão e fica muito bem com outras pessoas quando o Edu e eu precisamos nos ausentar. Então o que seria isso? Preocupação natural, alguns irão dizer. Agora entendo a minha mãezinha que sempre me disse que preocupação de mãe é pra vida toda! E que os filhos sempre serão bebezinhos para uma mãe. Acho que é o tal cordão umbilical emocional entre mãe e filho que nunca será cortado. Mesmo sabendo que eles estão bem, crescidos, independentes, com uma vida autônoma, a mãe cuida eternamente. E isso é tão lindo!
Afinal, grande parte do que somos, somos pelo esforço, afeto e cuidado que recebemos dos nossos pais. Saber que temos um colo quentinho, um abraço-casa de mãe, no final do expediente nos prepara para qualquer desafio que a vida profissional possa nos apresentar.
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Vacina é um tema tão essencial que, pela primeira vez, a Pais&Filhos se uniu ao Ministério da Saúde e Crescer nessa causa. Estamos juntos para conscientizar a população sobre a importância da imunização contra a gripe e estimular a vacinação, com foco nos grupos prioritários.