Por Naiara Araújo, filha de Luiz Augusto e Dione
Seu filho tem um comportamento exemplar na escola. Quando está com a babá ele come tudo ou arruma os brinquedos sem reclamar, Mas, basta você chegar, que a coisa desanda.
A criança é muito esperta. Ela não vai fazer escândalo com quem consegue ignorar sem sofrer ou com quem não tem dó de ser firme. Os pequenos só fazem birra com quem os tolera ou com as pessoas que lhe passam total segurança: se ele se jogar no chão, vai ganhar colo, não bronca.
O grande objetivo da criança com a birra é conseguir algo que lhe foi negado, chamando atenção de alguém que ela sabe que pode amolecer, no caso, a vítima perfeita… a mãe. “A criança costuma fazer birra com as pessoas que cedem as suas vontades, adultos que não toleram o comportamento e acabam cedendo para que o ataque acabe”, diz a psicóloga Paula Pessoa Carvalho, mãe do Heitor.
O pai fica um pouco fora do cenário das birras porque, geralmente, fica com a mãe a função de educar e impor limites. Esse comportamento está mudando nas famílias, mas ainda é possível ver pais que ficam com a parte “reacredor”: só mostram para os filhos o lazer, as brincadeiras e esportes, enquanto a mãe escolhe escola, vai a reuniões e conversa mais com os educadores e com outras mães.
Se o seu filho faz mais birra com você, não se culpe (ainda mais), é normal. Mas fica uma dica: sabe o que os pais, os avós, as babás e professores fazem de diferente? Além de serem menos tolerantes e não se remoerem de culpa a cada “não”, eles não interagem com a criança só na hora que ela se comporta mal, eles também dão atenção positiva. Então, preste atenção quando seu filho estiver se comportando bem: assim ele não vai precisar fazer birra para se destacar e se sentirá mais seguro, pois vai saber que já tem a sua atenção.