Já se programou para as férias? Ou nem quer ouvir falar delas? Vai chegando julho e é aquele arrepio: criançada de férias, a gente não… O que a gente faz? Ri ou chora? Depois que a Antonia, minha filha, nasceu e foi para a escola, juro: demorei pelo menos uns cinco anos para conseguir coordenar as minhas férias com as férias “escolares” sem me enrolar toda.Grosso modo, tentei dividir e programar as minhas férias metade em julho, metade em janeiro. Mas nunca é certinho e fácil, a gente sabe. Assim mesmo, tentamos. A boa notícia é que muuuitas vezes acabamos conseguindo e é uma delícia quando tudo dá certo. Viajar com os filhos, em qualquer idade, é a melhor coisa que a gente pode fazer. Sair da rotina, ver o mundo pelos olhos deles, viver experiências novas é inesquecível e com todo o lugar comum que tenho direito, falo alto e em bom som: não tem preço! Vale a pena total investir, gastar, se planejar.
Afinal, cada viagem feita é a história de vida de nossos filhos que estamos construindo. E isso ninguém tira deles. Eu fui criada assim, viajando. Com um ano de vida já tinha quase 200 horas de voo, acredita? Com Antonia, não podia ser diferente. Sempre levei, pra tudo quanto é canto. Até mesmo quando ia trabalhar. Agora, férias, é outro papo. É desligar, descomplicar, descansar. Ter tempo de conhecer e aproveitar o lugar que escolhemos visitar, para desenvolver alguma rotina nova…
Tem coisa mais gostosa do que voltar naquele lugar que todo mundo da família amou? Adoro os relatos tipo “ah, todo dia depois da praia a gente andava para tomar sorvete na sorveteria tal…”. Sabe? Também adoro me apropriar de coisas inapropriáveis: árvores, praias, praça. Muito bom. Desde que tenho a Antonia começamos a fazer, a cada viagem, uma coleção de tesouros muito particular: terra, pedras, penas, folhas, areia… Colocamos num vidro bonito, etiquetamos direitinho, com a data e o lugar de onde vem aquilo e pronto, vai para nosso museu. Tenho uma estante com todos eles exposta na sala. Nossa vida.
Pais & Filhos, este mês de roupa nova, novo projeto gráfico (a revista está linda, né?) pilotado pela Fatima Liberatori do Amaral, profissional de primeira e minha amiga de vida e muuuuitas viagens, vai bater sempre nessa tecla: aproveite muito a infância do seu filho, que ela passa rápido demais. E viajar é uma ótima, mas muito ótima coisa pra fazer com ele.
Beijos mil,
Mônica Figueiredo é diretora editorial, e o melhor de tudo, mãe da Antonia.
