Na última semana, a Assembleia Nacional da França aprovou um projeto de lei que proíbe o comércio de cachorros e gatos em lojas do país e limita a venda desses animais na internet, que só poderá ser feita por criadores e abrigos. As normas devem entrar em vigor em 2024.
As medidas foram aprovadas com o intuito de impedir os maus-tratos contra os animais. De acordo com o projeto de lei, é necessário proibir a venda de animais em lojas porque esses estabelecimentos promovem o “desmame prematuro de cães e gatos” e são abastecidos por “fábricas de cães e gatos”. É citada ainda a “má socialização que ocorre com esses animais”.
A proibição aplica-se a cães e gatos e não a pequenos mamíferos de estimação, como coelhos ou porquinhos-da-índia. No Reino Unido, o comércio de animais domésticos em lojas é proibido desde 2020. Os parlamentares irão avaliar novamente a proposta na sexta-feira (5).
O ministro francês da Agricultura, Julien Denormandie, no entanto, manifestou-se contra essa emenda, destacando o trabalho dos funcionários das lojas e centros de jardinagem. Entretanto, de acordo com o TDF notícias, ele apoiou uma emenda do grupo LREM que limita as vendas online a profissionais e abrigos, a fim de combater o tráfico.
É importante ressaltar que as doações continuam sendo permitidas pela lei. O ministro ainda avaliou que supervisionar a venda de animais seria melhor do que banir as venda. Entretanto, os abrigos de proteção animal consideram que “A exploração de animais para venda é uma prática cruel que objetifica cães e gatos, reduzindo-os à condição de mercadorias. Por serem tratados como objetos, esses animais são alvos frequentes de maus-tratos, situação que só poderá ser coibida com o fim do comércio’.
