No Outubro Rosa, além de falar sobre prevenção e diagnóstico precoce, é importante lembrar de uma forma natural de proteção: a amamentação.
O que a ciência mostra:
• Um estudo publicado na The Lancet (2016), que avaliou dados de 47 estudos em 30 países, mostrou que mulheres que amamentaram tiveram um risco cerca de 4,3% menor de desenvolver câncer de mama para cada 12 meses de amamentação (somando todos os filhos).
• Mulheres que nunca amamentaram têm risco maior de desenvolver câncer de mama em comparação com as que amamentaram por mais tempo.
Por que a amamentação protege?
- Menor exposição ao estrogênio: durante a amamentação, a mulher produz menos estrogênio — hormônio associado ao crescimento de células tumorais dependentes de hormônio.
- Maturação celular da mama: as células mamárias sofrem alterações e amadurecem durante a lactação, tornando-se menos suscetíveis a mutações que poderiam virar câncer.
- Descamação das células mamárias: durante o processo de produção e ejeção do leite, há eliminação de células que poderiam conter alterações genéticas iniciais.
- Influência no peso corporal: a amamentação ajuda na regulação metabólica, contribuindo para menor acúmulo de gordura ao longo da vida, outro fator ligado ao risco de câncer de mama.

Curiosidade:
Se todas as mulheres amamentassem por pelo menos 12 a 24 meses ao longo da vida, estima-se que até 20 mil mortes por câncer de mama poderiam ser evitadas todos os anos no mundo (dados OMS).
Amamentar é, ao mesmo tempo, nutrição, vínculo e proteção. Um presente para o bebê e também para a saúde da mãe.
Neste Outubro Rosa, vamos reforçar: cuidar da saúde começa em pequenos gestos que se multiplicam em benefícios. 💗