Texto em parceria com a Dra. Fabia Oppido Schalch, dermatologista, filha de Obyratam e Rosa Maria.
A lactação traz dúvidas sobre possibilidades de cuidados estéticos. Nesse momento, os resultados da gestação sobre a pele como estrias, flacidez e manchas são mais notados, assim como a procura por soluções.
Peles que desenvolveram melasmas, flacidez e estrias podem necessitar de tratamentos estéticos. Ativos suspensos na gestação podem retornar ao uso dos tratamentos diários, com exceção da hidroquinona que deve ser evitada por acumular no leite. Além disso, peelings, microagulhamentos, laser e outras tecnologias como radiofrequência ou ultrassom microfocado são liberados na lactação. No puerpério, há efeitos hormonais da gestação, como manchas e irritações, que podem surgir após os tratamentos. Contudo, o corpo ainda está em transformação e os resultados podem não alcançar os melhores efeitos.

A Sociedade Brasileira de Pediatria lançou uma cartilha de medicamentos e procedimentos liberados na lactação e acredita que a ocorrência de efeitos no bebê seria improvável e a excreção no leite mínima. Quanto aos preenchedores, são produtos que não chegam ao leite, mas se surgirem complicações, alguns medicamentos necessários podem trazer impacto à lactação.
Dúvidas sobre cabelos são frequentes. Tinturas e alisamentos sem formol estão liberados. A queda de cabelo é considerada fisiológica entre 3 e 6 meses após o parto, e deve ser encarada com tranquilidade e com ajuda médica caso seja muito intensa.
Entendemos que os cuidados com a pele podem ser realizados no período da lactação e devem até ser encorajados, devido sua importância no autocuidado e autoestima. Um profissional de confiança, preparado para discutir qual melhor conduta nessa fase com transparência e responsabilidade é o melhor caminho para a decisão.