Esses dias rolou o Seminário Internacional da Pais&Filhos. Além de um monte de gente bacana, um dos momentos que eu mais amei foi a mesa redonda com mães lindas e extremamente inteligentes que falaram sobre filhos, claro, mas também sobre ser mulher.
Uma das coisas que a cantora Maria Rita falou, e que eu nunca tinha parado para pensar, é que a gente tem que puxar os filhos para a gente, para o nosso lado. É obvio, somos um time, temos que jogar no mesmo lado e ser parceiros.
Eu sempre tendo a ficar do lado oposto de Gabriel. Eu estou certa, ele errado; ele quer uma coisa, eu quero outra. E isso tem deixado o nosso relacionamento distante, aos poucos estamos nos afastando. Quando escutei as palavras da Maria Rita, percebi a quantidade de vezes que eu me coloquei como adversária do time de meu filho.
Fica tão claro e tão transparente que a reação de uma criança de 7 anos vai ser se fechar no mundinho dela, né? Quando alguém de fora consegue ler a sua situação-problema e te mostra uma saída… ahhh, fica bem mais fácil!
Desde então, eu tenho me posicionado no campo neutro do jogo. Ainda não conquistei a posição de parceira, mas tenho chegado cada vez mais pertinho do meu filho. E, aos poucos, estou entendendo mais os conflitos dele. Essa semana tivemos uma situação na escola e ele já começou se posicionando do outro lado: “você nunca acredita em mim”, “você sempre me acusa!”.
Foi quando a luz piscou, eu puxei ele para perto, enxuguei as lágrimas e começamos a conversar. Terminamos o papo (que não foi briga) com ideias para ajudar a resolver o problema com o amiguinho da escola. Juntos.
Isso me deixou muito feliz. Feliz em ser mãe, em ter os filhos que eu tenho e em poder voltar atrás quando alguns caminhos que tomamos não dão certo. Porque maternidade é isso, né? Não tem fórmula. O que tem de sobra é amor!