Uma academia localizada em Sydney, na Austrália, entrou no centro de uma polêmica após implementar novas diretrizes sobre o que pode ou não ser usado durante os treinos. As regras, voltadas para limitar a exposição do corpo, causaram reações diversas entre os frequentadores e nas redes sociais.
Regras para homens e mulheres
As novas orientações da Camperdown Fitness, uma das academias mais conhecidas da cidade, estabelecem parâmetros claros para as roupas dos alunos. Para as mulheres, a exigência é que os shorts sejam mais compridos, ultrapassando a linha das nádegas, e os tops tenham obrigatoriamente duas alças. Modelos de um ombro só ou que realcem os seios estão proibidos.
Já os homens foram instruídos a evitar camisetas extremamente cavadas, especialmente aquelas que deixam à mostra grande parte das costas ou braços. O objetivo, segundo a academia, seria preservar um ambiente confortável para todos, inclusive adolescentes e crianças que frequentam o local.

Reações nas redes sociais
A mudança rapidamente gerou repercussão na internet. Diversos usuários manifestaram desconforto com as novas normas. “Políticas sexistas e ultrapassadas ditam o que uma mulher pode ou não usar na academia”, disse uma internauta, antes que os comentários no perfil oficial da academia fossem desativados.
Outros frequentadores chegaram a cancelar suas matrículas em protesto. Alguns chegaram a classificar a nova política como “autoritária” e alegaram que se sentiram intimidados ao ver as regras sendo exibidas em telas pela academia.
Defensores das normas também se pronunciam
Apesar das críticas, houve também quem apoiasse as diretrizes. Uma parte do público acredita que o estabelecimento está apenas exercendo seu direito de manter um padrão. “Eles têm o próprio negócio e estão no direito de escolher como desejam que ele funcione, como qualquer loja ou restaurante faz”, argumentou um seguidor nas redes.
Resposta da administração da academia
O proprietário da Camperdown Fitness, Michael Wood, respondeu à controvérsia dizendo que o regulamento de vestimenta já fazia parte do contrato de adesão desde a inauguração do local. Ele justificou que a política visa garantir um ambiente seguro e acolhedor para todas as faixas etárias, inclusive famílias com crianças pequenas, já que a academia oferece creche todos os dias da semana.
Segundo Wood, apenas três pessoas cancelaram seus planos desde que as regras foram reafirmadas, e um outro membro foi convidado a não retornar após disseminar informações falsas sobre a academia.
Intenção é manter o bem-estar coletivo
Michael Wood destacou ainda que o objetivo não é excluir ninguém, mas sim manter um padrão de convivência. “Não cancelamos contratos nem expulsamos membros por causa da roupa. Apenas orientamos que escolham trajes mais apropriados para a próxima visita”, explicou.
Ele reforçou que, como espaço comunitário, a academia preza por boas práticas de higiene, segurança e conforto. “Fazemos lembretes amigáveis quando necessário”, afirmou, enfatizando que o foco é promover uma experiência agradável para todos os públicos.