O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável contra paciente inconsciente para o nascimento de seu filho em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, é filho de um elogiado obstetra. A informação surpreende as pessoas próximas do estuprador pois, até então, estas dizem que ele jamais teria apresentado qualquer sinal de que seria um criminoso – especialmente em sua área de atuação.
Um enfermeiro de 24 anos que conversou com Universa, plataforma da UOL, contou que conhecia e acompanhava Giovanni pelas mídias sociais. Sem querer ter sua identidade revelada, o residente de Manaus, Amazonas, disse que durante suas conversas com o anestesista este se mostrava sempre muito atencioso. “Ele era uma ótima pessoa. Não sabia desse lado dele, mas a gente nunca sabe o que outro está pensando. Nunca imaginei que ele faria essas coisas. Fiquei abismado”, contou.
Um colega de faculdade da UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda), onde Giovanni se formou em 2017, também relatou que jamais ouviu uma reclamação sequer contra o médico. “Se tivesse relatos de desvio de conduta do sujeito enquanto aluno na época, ele teria sido desligado“, disse o conhecido.
Além de ter atuado em no mínimo 10 hospitais públicos e privados, Giovanni é sócio do pai, o qual é ginecologista e mastologista numa clínica de exames de imagem no bairro de Vila Isabel, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. O pai do estuprador é especialista em videolaparoscopia, tem consultório em dois bairros do Rio e abriu a Femi Video Clinica Ltda em 1997. O local executa serviços de pré-natal/parto e nascimento e fica, também, na Vila Isabel. Giovanni entrou na sociedade em janeiro de 2018, logo após ter se formado médico nas terras cariocas; já a mãe, Andrea Quintella Bezerra, é mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial e professora na Universidade Estácio de Sá, onde coordena o curso de Administração.
