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Atleta de remo que não viajou com a equipe tem atitude emocionante

(Foto: Reprodução/Instagram)

Publicado em 22/10/2024, às 14h18 por Malu Lopes


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Na noite de domingo, 20 de outubro, um trágico acidente na BR-376 resultou na morte de nove pessoas, incluindo atletas e o treinador do projeto social "Remar para o Futuro", de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Dentre os jovens que integravam a equipe, Lucas Brum da Rosa, de 16 anos, foi o único a não viajar com os demais por ter ficado na cidade para treinar a equipe infantil. Lucas, que faz parte do projeto há cerca de dois anos, compartilhou sua dor e incredulidade ao saber que nunca mais veria seus amigos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lucas expressou seu desejo de encontrar João Pedro Milgarejo, de 17 anos, o único sobrevivente do acidente. "João é um grande amigo meu. Ele sempre foi muito focado e queria conquistar o melhor lugar nas competições. Fico muito feliz que ele tenha sobrevivido ao acidente e mal posso esperar para abraçá-lo e lamentar pelos amigos que perdemos", disse ele, demonstrando a profundidade de sua conexão com a equipe.

A relação de Lucas com os colegas de remo era intensa, quase familiar. "Eles eram como uma família para mim, e o projeto se tornou uma segunda casa", revelou. O jovem também elogiou seu treinador, Oguener Tissot, que não sobreviveu à tragédia. "Meu treinador foi um dos melhores caras que já conheci. Sem dúvidas, o melhor professor de todo o Brasil", declarou, visivelmente emocionado.

 

O acidente ocorreu quando uma carreta de contêiner perdeu o controle e tombou sobre a van que transportava os jovens atletas. Os remadores retornavam para casa após uma competição no Campeonato Brasileiro Unificado, realizado na raia olímpica da USP, em São Paulo, onde conquistaram sete medalhas. A equipe, que representou o Clube Centro Português 1º de Dezembro, teve um desempenho notável, incluindo vitórias em provas importantes.

Um motorista que estava na estrada no momento do acidente relatou que ouviu gritos provenientes da van. Macksuel Souza, de 27 anos, estava dirigindo quando a van bateu em seu carro, antes de colidir com a carreta. "Depois do impacto, vi a van rodopiando na pista e, em seguida, o caminhão tombou sobre o utilitário", descreveu.

As vítimas da tragédia incluíam atletas talentosos e promissores. Entre os mortos estavam remadores como Helen Belony, de 20 anos, e Nicoli Cruz, de 15, ambos em início de carreira e cheios de sonhos. As identidades das vítimas estão sendo confirmadas pela Polícia Rodoviária Federal, mas a dor e o luto já se espalharam pela comunidade de Pelotas.

O projeto "Remar para o Futuro" não apenas proporcionou aos jovens a oportunidade de competir em alto nível, mas também atuou como um pilar de apoio e amizade. Os atletas, sob a orientação de Oguener Tissot, desenvolveram laços fortes, cultivando um ambiente de camaradagem e respeito. O trabalho do projeto foi reconhecido durante a competição, com os jovens atletas se destacando em um evento que reuniu 32 clubes de todo o Brasil.

 

Os resultados alcançados foram comemorados nas redes sociais pela Confederação Brasileira de Remo. A equipe de quatro jovens que competiu no four skiff masculino conquistou a medalha de ouro, enquanto o time feminino também se destacou com uma vitória na mesma categoria. O coordenador técnico Tissot havia classificado o desempenho do grupo como “excelente” e “histórico”, uma afirmação que agora ressoa com ainda mais intensidade após a tragédia.

Lucas Brum, mesmo diante da dor e da perda, mostra-se ansioso por encontrar João Milgarejo. A esperança de que a amizade e a solidariedade possam proporcionar algum conforto em meio ao luto é um testemunho da força que o esporte e as relações humanas podem proporcionar. "Quero estar ao lado dele, apoiar e lamentar por aqueles que perdemos", disse Lucas, demonstrando que, apesar da tragédia, a união entre os atletas e o apoio mútuo se mantêm firmes.

À medida que as investigações sobre o acidente continuam, a comunidade de Pelotas se une para prestar homenagens e oferecer apoio às famílias das vítimas. A dor da perda é imensa, mas a lembrança das conquistas e dos momentos vividos juntos permanecerá como um legado para todos que fazem parte dessa história. A tragédia reforça a importância de cuidar uns dos outros e de valorizar os laços que se formam, não apenas no esporte, mas na vida.

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