Roberto Frota, ator brasileiro conhecido por sua participação em clássicos da televisão, faleceu na manhã desta terça-feira, 24 de setembro, aos 85 anos, no Rio de Janeiro. A informação sobre sua morte foi confirmada pela ex-esposa, a atriz Ângela Vieira ao G1. Frota enfrentava um câncer de pulmão há mais de um ano e, infelizmente, não resistiu a complicações decorrentes de uma pneumonia, que se agravou durante sua internação.
Com uma carreira que se estendeu por mais de cinco décadas, Roberto Frota deixou um legado imenso na televisão e no teatro brasileiro. Ele atuou em mais de 40 produções da TV Globo, incluindo novelas icônicas como Vale Tudo, Terra e Paixão, Amor Perfeito, Vai na Fé, Mulheres Apaixonadas, Tieta, Riacho Doce e Pedra sobre Pedra. Seu último trabalho na emissora foi em Vai na Fé exibida no ano passado.
Além de seu trabalho nas telinhas, Frota também fez sucesso no teatro. Ele atuou em peças memoráveis como Bonitinha, mas ordinária e Adorável Hamlet. Frota ainda se aventurou como autor, escrevendo a peça Se Eu Fosse Você, que se tornou um grande sucesso no cinema nacional.
O velório de Roberto Frota está marcado para a quarta-feira, 25 de setembro, no Memorial do Carmo, localizado no Caju, entre 12h e 15h. Após a cerimônia, o corpo do ator será cremado, em uma despedida que promete reunir amigos, familiares e admiradores de sua carreira.
A morte de Frota deixou um profundo vazio entre seus colegas de profissão. O ator e diretor Edvard Vasconcellos expressou sua tristeza nas redes sociais com um desabafo tocante. “Tô há meia-hora congelado, diante de uma notícia que prove o contrário. Querido amigo, agora mais do que nunca, entendo a sua pressa em viver. Um dia simplesmente não acordamos”, escreveu ele.
“Dessa vez não consegui entregar a tempo nosso próximo projeto. Desculpa! Éramos parceiros de sonhos, nem sempre de realizações. Perdi um dos maiores amigos que a vida me presenteou, de quem fui colega de cena, de vôlei na praia, de quem fui assistente, autor e diretor”, continuou.
Edvard também lembrou a amizade e a parceria que tiveram ao longo dos anos. “Éramos parceiros de sonhos, nem sempre de realizações. Perdi um dos maiores amigos que a vida me presenteou, de quem fui colega de cena, de vôlei na praia, de quem fui assistente, autor e diretor. Que aceitou ser meu padrinho de casamento e com orgulho sempre me tratou como um afilhado de fato.”
O diretor também prestou solidariedade a família do ator, que deixou a mulher, três filhos e dois netos. “Ainda torcendo para ser um outro Roberto, de um universo paralelo qualquer. Até, querido padrinho! Força, Verônica, Thiago e Nina. Agora as metades dele são vocês. Força Ana Maria, Ângela. Todos.”,
