A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada presa em uma formação rochosa no Monte Rinjani, na Indonésia, após um acidente durante uma trilha. Autoridades locais divulgaram que ela se encontra a cerca de 500 metros de profundidade e está “visivelmente imóvel”, conforme relatos obtidos por meio de drones. Desde então, o caso mobiliza equipes de resgate e desperta atenção da comunidade internacional.
Detalhes da localização e das primeiras tentativas de resgate
A localização de Juliana foi possível graças a uma operação de monitoramento realizada com drones pela equipe do Parque Nacional Gunung Rinjani. As imagens mostraram a brasileira sentada em uma área íngreme do penhasco, aparentemente sem se mover, três dias após o acidente durante a trilha.
Equipes especializadas foram acionadas e tentaram chegar até a jovem. Durante a descida, no entanto, os socorristas encontraram obstáculos naturais, dois relevos acentuados que impediram a fixação segura dos equipamentos de ancoragem.

Condições climáticas dificultam os trabalhos
As equipes envolvidas no salvamento enfrentam um cenário desafiador: o terreno é acidentado e a visibilidade está comprometida por neblina densa. O clima instável e as mudanças rápidas nas condições meteorológicas tornaram a missão ainda mais perigosa, levando os profissionais a recuar temporariamente para uma área segura.
Governador propõe uso de helicóptero para resgate
Diante da gravidade da situação, uma videoconferência foi realizada com a presença do governador da província de Sonda Ocidental. Durante a reunião, ele sugeriu que o helicóptero fosse considerado como uma alternativa para agilizar a evacuação, especialmente em função do chamado “Tempo Dourado”, as 72 horas mais críticas para salvar vítimas em ambientes naturais.
A proposta foi bem recebida, mas há desafios técnicos envolvidos. Representantes do órgão de busca e salvamento Basarnas explicaram que, embora o uso da aeronave seja teoricamente viável, é necessário avaliar se o modelo disponível possui as especificações apropriadas para esse tipo de operação. Além disso, ressaltaram que as condições do tempo podem afetar diretamente a segurança do voo.
Família cobra ação rápida e denuncia demora
Do Brasil, os familiares de Juliana expressaram preocupação com o ritmo das operações. Segundo eles, a jovem está sem acesso a mantimentos básicos como água, alimentos e roupas adequadas para enfrentar o frio nas montanhas. A pressão por agilidade aumentou após uma nova suspensão temporária das buscas.
“Confirmaram que Juliana foi localizada novamente e que a equipe de resgate iniciou a descida até o local onde ela está”, afirmou a família nas redes sociais, antes do novo recuo nas operações.
Quem é Juliana Marins e como foi o acidente
Juliana estava em uma trilha programada para durar três dias, entre os dias 20 e 22 de junho, uma das rotas mais desafiadoras da Indonésia. O Monte Rinjani, com seus 3.726 metros de altura, exige resistência física e preparo técnico dos visitantes.
Em vídeos publicados em uma conta criada para centralizar atualizações sobre o caso, Juliana aparece sorridente, interagindo com outras turistas e comentando sobre a neblina que encobria a paisagem. Ela foi vista pela última vez por volta das 17h10 do sábado, em imagens captadas por um drone de um grupo de visitantes.