Juliana Marins é a jovem brasileira de 26 anos, que perdeu a vida após cair em uma região vulcânica durante uma trilha em Lombok, na Indonésia e não recebeu resgate por quatro dias. O incidente ocorreu no Monte Rinjani, um dos destinos mais procurados por aventureiros na Ásia. A trilha era realizada com acompanhamento de um guia local e outros cinco participantes, mas Juliana acabou ficando sozinha momentos antes do acidente, conforme relato da irmã, Mariana Marins.
Em entrevista exibida no programa Fantástico no último domingo (22), Mariana revelou que a primeira versão recebida pela família indicava que Juliana teria caído por acidente, e que o guia teria imediatamente chamado socorro enquanto os demais seguiram caminho. No entanto, após buscar mais informações diretamente com pessoas ligadas à administração do parque, Mariana descobriu uma história diferente.
O Fantástico acabou de expor que O GOVERNO DA INDONÉSIA ESTÁ MENTINDO sobre o que aconteceu com a brasileira que caiu na trilha do vulcão. Na verdade ela foi abandonada pelo guia, caiu no abismo, não foi alimentada e NÃO ESTÁ MAIS LÁ.pic.twitter.com/wkDMvQTTBF
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) June 23, 2025
Cansaço e abandono
Segundo ela, Juliana sentiu-se exausta durante o percurso e pediu uma pausa para descansar. Nesse momento, o guia teria orientado que ela permanecesse sentada para recuperar as forças, enquanto ele e os outros integrantes do grupo continuaram subindo a montanha. Assim, Juliana teria ficado sozinha na trilha ainda antes do amanhecer, com visibilidade comprometida.
Condições precárias e queda
Relatos mencionam que o grupo utilizava apenas uma lanterna comum para se guiar pelo terreno acidentado. Pouco tempo depois, ao notar a demora de Juliana para alcançá-los, o guia decidiu retornar. Quando voltou ao ponto onde ela havia sido deixada, percebeu que a jovem havia caído.
“Ela ficou completamente sozinha antes de tudo acontecer”, contou Mariana, reforçando a indignação da família com a condução da trilha. O acidente teria ocorrido ainda nas primeiras horas do dia, com pouca luz natural e em uma área considerada perigosa.
Região do acidente e buscas
As autoridades locais informaram que Juliana foi vista caída em uma área localizada a cerca de 300 metros de distância da trilha oficial. Estima-se que ela tenha caído de um ponto elevado da montanha. Equipes de busca retomaram os trabalhos para tentar localizá-la, enfrentando as dificuldades naturais do terreno e do clima local.
Natural de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, Juliana vinha explorando a Ásia desde fevereiro. Sua jornada incluiu passagens por países como Vietnã, Tailândia e Filipinas. O trajeto pelo Monte Rinjani fazia parte do roteiro de mochilão que ela vinha compartilhando nas redes sociais.