O Rio Grande do Sul foi impactado por um ciclone subtropical, batizado de Biguá, no domingo, 15 de outubro de 2023. Este fenômeno atmosférico trouxe ventos fortes que chegaram a atingir entre 70 km/h e 100 km/h, causando destruição em diversas localidades do estado. Embora tenha havido apenas dois feridos registrados, o ciclone deixou milhares de pessoas sem energia elétrica em várias regiões.
De acordo com especialistas da Climatempo Meteorologia, um ciclone subtropical como o Biguá é caracterizado por um centro de baixa pressão atmosférica. Esse tipo de ciclone gera instabilidade na atmosfera, aumentando as condições para tempestades mais intensas. No caso do Biguá, os ventos foram tão intensos que causaram transtornos inclusive no tráfego aéreo, com um avião tendo que realizar um pouso de emergência.
Quais foram os impactos do ciclone nas cidades gaúchas?
O ciclo deixou marcas em várias cidades do Rio Grande do Sul. As áreas mais afetadas incluem cidades como Triunfo, Encantado, Pelotas, Capão do Leão e Arroio Grande. Nesses locais, a Defesa Civil estadual registrou problemas como quedas de árvores e destelhamentos de edifícios. Além disso, a cobertura de uma quadra esportiva em Butiá foi arrancada pelo vento, resultando em dois feridos.
Na cidade de Butiá, localizada a 84 km de Porto Alegre, a estrutura cedeu durante um evento, ferindo um homem e um adolescente. Os indivíduos precisaram de atendimento médico, mas seus estados de saúde não foram divulgados. O vento forte na cidade também assustou os moradores, que relatam momentos de tensão durante a passagem do ciclone.
Como a rede elétrica foi afetada?
O ciclone Biguá também resultou em interrupções significativas no fornecimento de energia elétrica. A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE) Equatorial informou que cerca de 230 mil pontos estavam sem energia nas áreas de sua concessão, embora não tenha especificado os locais exatos. A Rio Grande Energia (RGE) também relatou problemas em regiões como a Metropolitana de Porto Alegre, Serra e dos Vales.
Quais são as características de um ciclone subtropical?
Um ciclone subtropical é distinto por seu centro de baixa pressão, o qual é geralmente mais quente ao nível do solo comparado com a atmosfera circundante. Essa diferença de temperatura contribui para a formação de tempestades severas associadas a esses ciclones. O giro do ar ao redor do centro ocorre no sentido horário e, dependendo da intensidade, o ciclone pode evoluir em termos de força e classificação.
Existem diferentes classificações para ciclones subtropicais dependendo da velocidade dos ventos: se a velocidade do vento cair abaixo de 63 km/h, o fenômeno é considerado uma depressão subtropical. Quando a velocidade varia entre 63 km/h e 118 km/h, passa a ser classificado como uma tempestade subtropical. Esses sistemas são seguidos de perto pelos meteorologistas para antecipar possíveis estragos.
Medidas de prevenção para fenômenos climáticos extremos
- Monitoramento Metereológico: Um acompanhamento constante por meteorologistas para identificar tempestades severas em potencial é crucial.
- Planejamento Infraestrutural: Região vulneráveis devem investir em estruturas mais resistentes a ventanias e tempestades.
- Programas de Educação: População deve ser educada a respeito das ações a serem tomadas antes e durante fenômenos climáticos extremos.
- Sistemas de Alerta: Implementação de sistemas eficazes de alerta pode ajudar a minimizar riscos e preparar a população.
Os eventos recentes no Rio Grande do Sul reforçam a importância de tais medidas para mitigar os impactos de fenômenos climáticos como o ciclone Biguá e garantir a segurança e bem-estar dos cidadãos.










