
Deixar os filhos viajarem sozinhos é sempre uma dor no coração e às vezes alguns pais tentam buscar o serviço de menores desacompanhados para que o filho possa ser melhor amparado. Mas infelizmente não foi isso que aconteceu com Izaura Mourão.
Ela ganhou um processo de 20 mil reais contra a GOL, depois que o filho dela, um menino de apenas oito anos, dormiu sozinha no aeroporto de Guarulhos. O garoto estava viajando de Goiânia para Boa Vista, mas teve que fazer uma escala em São Paulo, nesse tempo ele seria acompanhado por uma atendente da companhia aérea.
Mas, segundo a GOL, o voo foi cancelado por motivos de logística do aeroporto. Eles então avisaram Izaura de que o menino só poderia embarcar no dia seguinte depois das 18 horas e que durante esse tempo ele e a acompanhante ficariam em um hotel perto do aeroporto.
Só que a Folha de S. Paulo apurou com o advogado da família, Léo Rosenbaum, não foi isso o que aconteceu. Depois de muito esperar pelo retorno da companhia área, tanto a criança quanto a responsável por ela tiveram os pedidos de hospedagem no hotel negados.
O pior de tudo, o menino ficou sozinho no aeroporto depois que a funcionária disse que não poderia passar a noite com ele porque o horário de expediente dela havia encerrado. “Na madrugada, ela pediu para que o menor permanecesse sentado em uma poltrona [no aeroporto] aguardando por outra funcionária. Entretanto, nenhuma funcionária apareceu”, disse o desembargador responsável pelo caso.
Izaura completou dizendo que tentou falar com o filho durante à noite, mas que a GOL não facilitou o contato dos dois. A empresa por sua vez, disse na defesa que as acusações eram mentirosas e uma maneira que a mãe encontrou para ganhar dinheiro em cima da companhia. Mesmo assim, a justiça declarou que eles deveriam pagar 20 mil reais como forma de indenizar a família.
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