No dia 22 de setembro, Mário Archangelo Damasceno Neto, um bebê de 7 meses, quase morreu depois de aspirar uma bexiga. Ele estava em casa com a avó e brincava em seu berço, quando a mãe, que havia acabado de chegar do trabalho, percebeu que ele estava engasgado. Na mesma hora, Lívia Martins Pereira pegou o filho e correu para o hospital, que fica a duas quadras de sua casa, sem saber qual era a causa do problema.
Quando ela chegou ao hospital, o filho estava desmaiado e roxo. O menino foi atendido no Hospital das Clínicas da USP e encaminhado para o Hospital Infantil Sabará, onde passou por cirurgia. Segundo uma das médicas responsáveis pelo caso, a otorrinolaringologista pediátrica Saramira Bohadana, não há registros como este na literatura médica mundial e Mário foi o primeiro sobrevivente depois de engolir uma bexiga.
Só foi possível salvá-lo porque a mãe agiu rápido e porque os médicos tentaram entubá-lo assim que ele chegou ao hospital. Assim, a bexiga acabou escorregando para o esôfago. O menino foi operado e os médicos utilizaram uma pinça para retirar o objeto de seu esôfago. O pó químico da bexiga foi para os pulmões, o que provocou pneumonia por corpo estranho. Mário ainda está em recuperação.
Uma criança asfixiada pode ter parada respiratória, então o cérebro fica sem oxigênio e, em questão de minutos, o óbito acontece. Na última sexta-feira, a mãe publicou um vídeo em seu Facebook que mostra a bexiga no corpo do filho para alertar outros pais.