
Um menino de três anos teve a parte do pênis amputada depois de fazer uma cirurgia de fimose. Segundo o Jornal de Brasília, o pai da criança contou que o cirurgião não admitiu e teve a confirmação só quando transferiu o filho para outro hospital, onde ele fez uma cirurgia de reconstrução da parte que sobrou do menino.
A Secretaria de Saúde afirmou que, além do cirurgião, ainda participaram do procedimento um anestesista, um enfermeiro, um instrumentador e dois circulantes de sala. A secretaria disse ainda que solicitou a abertura de um procedimento administrativo.
Segundo o pai, após pedir para enfermeira trocar o curativo, não conseguiu visualizar o membro. Ele foi ao trabalho e quando voltou soube que havia algo de errado. A cirurgia durou 4 horas, do que deveria ter acontecido em 30 minutos.
Ainda de acordo com o pai, ele tirou o primeiro esparadrapo, tinha uma gaze enrolada simulando o pênis do menino e com muito sangue. Quando tirou a gaze, não tinha o pênis visível e então, ficou desesperado. O homem chamou o médico de plantão e disse que não poderia avaliar pois não tinha participado da cirurgia.
O secretário de saúde do município foi procurado pelo pai e disse que estava tudo bem. Mas a criança continuou reclamando de dores e no dia seguinte o pai assinou um termo de responsabilidade e transferiu a criança para outro hospital.
O pai explicou que o laudo do segundo hospital apontou que houve laceração do prepúcio do menino e diz que somente no futuro poderá saber se o filho poderá recorrer a uma prótese.
O crime está sendo apurado como lesão corporal. De acordo com a polícia, os familiares já foram ouvidos e agora membros da equipe de cirurgia serão ouvidos. A intenção é apurar se o erro foi apenas do médico que o operou ou mais pessoas teriam contribuído para os danos sofridos pela criança.
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