Após 3 anos no hospital, bebê que nasceu com intestino para fora do corpo recebe alta

Alice Cláudia Medeiros Freitas, recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira, 2 de maio, após 3 anos internada devido ao fato de ter nascido com o intestino fora do corpo. Durante o período no hospital,  foi submetida a inúmeras cirurgias e tratamentos para corrigir o seu problema congênito.

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A menina estava internada desde 2021, e seu diagnóstico foi de gastroquise (defeito congênito na parede abdominal que faz com que o intestino fique para fora da barriga) e com a síndrome do intestino curto (malformação congênita do intestino delgado. Durante esse período, sua mãe Amanda Cláudia Medeiros, fez campanhas nas redes sociais pedindo ajuda financeira e seu caso ficou bastante conhecido devido à comoção.

Alice deveria ter sido operada no momento em que nasceu, porém, ela nasceu prematura, o que impediu o tratamento imediato. Agora, seguirá com o tratamento em casa e a mãe declara sua felicidade: “Estou muito feliz pela vitória. Ela saiu totalmente da parenteral.”. A parenteral é um tipo de nutrição intravenosa utilizada em casos em que a criança não consegue se alimentar pela boca ou por tudo.” Agora é seguir a vida em casa, como toda criança deveria ter", declarou Amanda em entrevista à TV Anhanguera.

Custos do tratamento em casa

A mãe de Alice declara que, após a alta da menina, sua maior preocupação é os custos do tratamento, visto que os exames, insumos e medicamentos custam R$53.390,83 por mês. 

A Defensoria Pública do Estado de Goiás entrou com pedido para a Vara Judicial de Araçu, que atende o município de Caturaí, local em que Alice mora, para que os recursos necessários por Alice sejam liberados e, assim, ela consiga a alta.

No entanto, foi declarada pela Procuradoria Geral do Estado de Goiás, em nota, uma dificuldade para disponibilizar os serviços domésticos necessários à criança, na cidade onde ela reside. “ Foram identificados desafios significativos para o cumprimento da ordem, incluindo a falta de habilitação do município de Caturaí, Goiás, onde reside a paciente, no programa federal “Melhor em casa” e a competência municipal sobre o serviço municipal”, declarou o órgão, em nota.

“ A PGE reitera que está comprometida em resolver a situação com a maior brevidade possível e continua trabalhando para garantir que os direitos de Alice sejam plenamente respeitados e cumpridos” , completam em nota. Assim, a família aguarda soluções para que ela siga sendo uma criança como qualquer outra, após sua alta.