Daniel Gunter, de 27 anos, e Sophie Staddon, de 23, enfrentam acusações graves na Justiça do Reino Unido. O casal é acusado de envolvimento na morte do filho recém-nascido, Brendon Staddon, que tinha apenas duas semanas de vida.
Em março do ano passado, os dois levaram o bebê até um hospital em Somerset, na Inglaterra, e o entregaram a enfermeiros afirmando que ele “estava frio”. A equipe médica percebeu que a criança não apresentava sinais vitais e a levou imediatamente para a sala de emergência. No entanto, os profissionais confirmaram que o bebê já havia falecido.
Enquanto isso, Daniel e Sophie deixaram o hospital e foram encontrados fumando do lado de fora. Segundo os relatos, eles não retornaram para acompanhar o atendimento nem demonstraram preocupação com o estado do filho.
Lesões apontam violência extrema
A autópsia realizada no corpo de Brendon revelou ferimentos múltiplos e graves, incompatíveis com acidentes. Segundo o promotor do caso, o bebê tinha sinais de agressão por todo o corpo. “Sua cabeça havia sido esmagada a ponto de fraturar o crânio. Ele estava gravemente machucado da cabeça aos pés, com arranhões profundos no pescoço”, declarou.
O laudo apontou como causa da morte um “traumatismo craniano por impactos contundentes” e classificou as lesões como não acidentais. Até o momento, os pais não explicaram como os ferimentos aconteceram.

Histórico de negligência
Relatórios anteriores ao falecimento do bebê já indicavam problemas na relação do casal com os cuidados com o recém-nascido. Familiares de Daniel e os serviços sociais locais haviam expressado preocupações quanto ao comportamento dos dois.
A mãe, por exemplo, teria se recusado a continuar no hospital após o parto. Já o pai teria ignorado orientações da equipe médica, retirando Brendon da incubadora sem autorização, removendo sua sonda e expondo o bebê a estímulos que causavam desconforto. Profissionais relataram que ele “superestimulava” o filho a ponto de provocar sofrimento.
Além disso, o relacionamento entre Daniel e Sophie era considerado instável, com episódios de agressividade e controle.
Casal nega responsabilidade
Apesar das evidências apresentadas até agora, os dois negam saber a origem dos ferimentos encontrados no corpo do bebê. Eles foram presos ainda nas dependências do hospital, mas afirmam não ter causado mal à criança.
O processo segue em andamento e os detalhes do julgamento ainda estão sendo analisados pelas autoridades britânicas.