Há aproximadamente 12 anos, venho me preparando e exercendo o papel de mãe. Comecei meu estágio materno desde que conheci meu marido, que veio com o pacote completo: ele e um garoto lindo, seu filho do primeiro casamento. Hoje com 16 anos, pra mim não foi tão difícil aceitar, pois sempre tive o meu instinto materno aflorado. Tão aflorado que hoje falo do mundo materno em um blog (www.mamaevirtualoficial.com.br). Mas não basta só amar, tem que saber educar, e isso sempre carreguei comigo, veio de mãe para mãe.
Anos passaram e meu filho chegou, mas aí a conversa muda de entonação. Meu filho, hoje com 1 ano e 6 meses, nasceu prematuro, passou por 3 cirurgias ao longo de sua vidinha. Tinha tudo para ser mimado, afinal começamos nossa história dentro de uma UTI neonatal. Ele passava o dia em nosso colo, afinal esse era o nosso único meio de contato: colo ou encubadora. E nesse momento eu não estava preocupada, pois já sabia o que tinha herdado da minha mãe: “na vida, tudo tem que ter limite”.
Hoje meu pequeno já está bem espertinho, sabe todas as artimanhas. Ele é tudo na minha vida, como já disse. Por tudo o que ele já passou, teria todos os motivos para ser mimado, mas não é! Se dependesse do pai, seria sim, mas penso em seu futuro, não posso ceder ao primeiro choro, a primeira birra, as batidas de pés. Pois sim, ele já faz isso, e se eu não impor meus limites, ele entenderá que tudo na vida se consegue assim. Como mãe que quer o melhor para o filho, tento passar a mensagem de que, não, não é assim, a vida lá for vai ser diferente.
Impor limites não é uma tarefa fácil, mas sei dessa importância e como mãe e comunicadora materna, não posso me culpar e nem recuar. Lá no fundo, sentimos. Mas, no futuro, nossos filhos agradecerão. Claro, se em tudo isso houver amor, respeito, carinho e equilíbrio entre filhos e pais.