A família de Juliana Marins compartilhou, nas redes sociais, um sincero agradecimento aos voluntários que participaram do resgate da jovem brasileira no Monte Rinjani, na Indonésia. A manifestação de carinho e reconhecimento foi feita poucos dias após a confirmação do falecimento de Juliana, que desapareceu durante uma trilha na região.
Reconhecimento à coragem dos voluntários
Nesta quarta-feira (25), os parentes da jovem publicaram uma mensagem destacando o papel fundamental dos voluntários Agam e Tyo. “Somos profundamente gratos aos voluntários que, com coragem, se dispuseram a colaborar para que o processo de resgate de Juliana fosse agilizado”, escreveram. A nota de gratidão foi publicada em um perfil criado exclusivamente para atualizar amigos, familiares e seguidores sobre o caso.
Segundo os familiares, os esforços de Agam e Tyo foram essenciais para que o corpo de Juliana pudesse ser localizado, mesmo diante de condições desafiadoras. O texto ainda reforça a importância de todos que, de alguma forma, contribuíram para o resgate.

Uma carta de coração aberto
Junto com a publicação, a família divulgou uma carta emocionante endereçada aos dois voluntários que auxiliaram nas buscas. A mensagem revela a dor da perda, mas também um profundo reconhecimento pela coragem e solidariedade demonstradas:
“Queridos Agam e Tyo, em nome da família de Juliana Marins, queremos expressar nossa mais sincera e profunda gratidão por toda a generosidade, coragem e apoio que demonstraram ao se juntarem à equipe de resgate no Monte Rinjani. Sabemos das condições extremamente adversas e dos grandes riscos que vocês enfrentaram… O gesto de vocês jamais será esquecido.”
Uma viagem interrompida por tragédia
Juliana estava em uma jornada de mochilão pela Ásia desde fevereiro e já havia visitado países como Filipinas, Vietnã e Tailândia, sempre compartilhando fotos e vídeos de sua experiência. No dia do acidente, ela se afastou do grupo que subia o vulcão Rinjani e, exausta, acabou escorregando e caindo por cerca de 300 metros em um trecho perigoso da trilha.
O local do acidente era de difícil acesso, e as condições climáticas, somadas ao uso de equipamentos inadequados — como cordas curtas demais —, atrasaram o trabalho das equipes de resgate. Infelizmente, o corpo de Juliana só foi encontrado cinco dias depois, já sem vida, após uma grande operação que envolveu três grupos de salvamento.
Críticas ao atendimento das autoridades locais
Antes da homenagem aos voluntários, a família havia se manifestado com críticas duras ao governo da Indonésia, apontando falhas graves no socorro prestado. Em uma das mensagens, expressaram a frustração com a demora no resgate:
“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva.”
A família reafirmou o compromisso de buscar justiça e responsabilização pelas falhas que, segundo eles, poderiam ter custado a vida de Juliana.