
Na última quinta-feira, 12 de setembro, por volta das 18h30, o Hospital Badim, instituição particular, que fica no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, pegou fogo. No momento do incêndio, haviam 103 pacientes internados e 224 funcionários trabalhando. A suspeita é de que tenha ocorrido um curto-circuito em um dos geradores do local.
No fim das noite, o Corpo de Bombeiros afirmou que as chamas foram controladas. Foram mandados ao hospital seis carros e dez ambulâncias da própria instituição para ajudar no socorro das vítimas. Na madrugada de hoje, 13 de setembro, as buscas por mortos foi encerrada, mas a maioria ainda não teve os nomes divulgados.

Uma fumaça preta e espessa foi vista de longe por quem morava na região e a evacuação dos pacientes do prédio começou antes mesmo do Corpo de Bombeiros chegar, fazendo uma brigada de incêndio no próprio estacionamento do hospital. “Desde o primeiro momento, a prioridade total foi socorrer os pacientes e funcionários e salvar vidas. Mais de 100 médicos foram mobilizados para dar assistência aos pacientes que estavam sendo socorridos.”, disse a nota enviada a imprensa.
Nesta manhã, o número de mortos subiu para 11 e apenas duas vítimas foram identificadas até o momento: Irene Freiras de Brito, de 84 anos, e Luzia dos Santos Melo, de 88. Em nota, o hospital afirmou que só poderá dar mais informações quando os bombeiros finalizarem a vistoria do prédio e liberarem o acesso.
Motivo do incêndio

De acordo com o Hospital Badim, o local possui duas unidades: A antiga, que possui 19 anos e a mais recente, inaugurada ano passado. O incêndio foi provocado por um curto-circuito em um dos geradores da primeira unidade, que começou no subsolo e espalhou a fumaça para os outros andares do prédio.
Os pacientes e funcionários improvisaram leitos na rua São Francisco Xavier, bloqueada para atender as vítimas. As pessoas que estavam no prédio antigo foram transferidas para o novo. “Todos os pacientes do CTI 1 já foram retirados e estão recebendo os primeiros atendimentos na rua Arthur Menezes. Nesse momento, os pacientes do CTI 2, que tem 20 leitos, também estão sendo retirados”, informou o hospital”, informou o hospital à UOL

“Toda a direção do hospital Badim está empenhada em prestar os devidos socorros necessários aos pacientes, que estão sendo transferidos para o hospital Israelita Albert Sabin e para os hospitais da Rede D’Or, do qual o Badim é associado”, comunicou a instituição. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o hospital tinha todas as avaliações em dia para o funcionamento.
Abrigo em creche
Uma creche vizinha abrigou as vítimas que estavam na UTI. Em entrevista ao G1, o dono da escola disse foi necessário uma grande corrente de solidariedade para ajudar os pacientes: “A chefe da UTI do hospital, que é esposa do meu primo, me ligou pedindo que eu abrisse a creche, que eles iam evacuar a UTI, porque não tinha como os pacientes ficarem. Tinham oito crianças na hora, a gente estava aguardando os pais. De imediato a gente abriu a creche, colocou as crianças para o andar de cima e aí foi evacuada a UTI inteira para dentro da creche”, afirmou Darci Martins, dono da creche, ao veículo.

Vizinhos, médicos residentes, médicos de outros hospitais, vizinhos trazendo água, precisando se queria ajuda”, afirmou Jaqueline, mulher de Darci. Ela confirmou que muitas pessoas ajudaram nas doações e que tem recebido os mantimentos. Os funcionários da creche também foram ao local para prestar ajuda.
Nota oficial à imprensa:
“A Direção do Hospital Badim vem a público expressar seu profundo pesar em relação ao incêndio ocorrido na noite desta quinta-feira. Informamos que 103 pacientes estavam internados no hospital no momento do episódio. Imediatamente, a brigada de incêndio iniciou a evacuação do prédio, mesmo antes da chegada do Corpo de Bombeiros.
Desde o primeiro momento a prioridade total foi socorrer os pacientes e funcionários e salvar vidas. Mais de 100 médicos foram mobilizados para dar assistência aos pacientes que estavam sendo socorridos. Face a esse fato trágico, a solidariedade dos hospitais privados e das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde está garantindo que os pacientes sejam transferidos.
Para transmitir informações seguras, a Direção se manifestará novamente à medida em que o Corpo de Bombeiros terminar o seu trabalho e liberar o acesso ao prédio. O trabalho dos bombeiros continua e nos mantemos solidários às famílias, pacientes e funcionários envolvidos”.
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