A morte trágica da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, após um acidente durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, causou grande comoção nas redes sociais. Sua irmã mais velha, Mariana Marins, compartilhou um depoimento tocante que emocionou milhares de pessoas. O relato foi publicado em um perfil criado para atualizar amigos e familiares sobre o caso, e rapidamente ganhou visibilidade.
Memórias da infância e laços inseparáveis
Mariana começou seu texto relembrando um desejo de infância: ter várias irmãs. Quando Juliana nasceu, sentiu que todos os seus sonhos se realizaram de uma vez só. “Aos 4 anos, pedi 10 irmãs. Aos 5, você chegou e percebi que já era mais do que suficiente!”, escreveu, num tom de carinho misturado com saudade.
Ela também relembrou momentos marcantes ao lado da caçula, como os dias em que ensinou Juliana a pedalar, a se arriscar no violão, e até a gostar da banda 30 Seconds to Mars só para poderem curtir um show juntas. “Você sempre foi aquela alma leve, otimista, com um senso de humor único”, destacou.
Luta à distância e sentimento de impotência
Em um dos trechos mais intensos do relato, Mariana falou sobre o esforço feito, mesmo do Brasil, para tentar auxiliar nas buscas da irmã. “Sempre prometemos mover montanhas uma pela outra. Eu tentei fazer isso daqui, por você”, desabafou, em tom de dor e frustração por não ter conseguido impedir a tragédia.
O sentimento de perda se intensifica ao lembrar de momentos futuros que não poderão mais ser compartilhados. Ela lamenta que Juliana não poderá ser madrinha de seus filhos, como tanto sonhava. “Você seria a tia mais incrível do mundo. Vai doer ver meus filhos crescendo sem você por perto”, escreveu com o coração apertado.
Tradições familiares e a ausência que pesa
O texto também revela o quanto Juliana era presente em ocasiões especiais, como o Natal, que sempre foi uma data muito importante para a família. Mariana relembra com carinho os momentos em que as duas usavam gorros natalinos só para manter viva uma tradição entre elas. “Você sabia o quanto isso significava pra mim. E agora… não sei como serão os próximos Natais sem você.”
Ela se refere a Juliana como sua “gêmea com cinco anos de diferença”, enfatizando o vínculo profundo que sempre existiu entre as duas. “Você foi minha melhor amiga, minha proteção, minha força. Vai ser difícil continuar sem a sua presença constante”, finalizou.
Família busca justiça e aponta negligência
Além do luto, a família de Juliana afirma que houve falhas no processo de resgate da jovem. Mariana e os demais parentes acreditam que a equipe responsável pela trilha agiu com descaso e prometem lutar por justiça. Eles alegam que Juliana poderia ter sido salva se medidas adequadas tivessem sido tomadas no momento do acidente.

Apoio e reconhecimento público
A atriz e apresentadora Tatá Werneck também se solidarizou com Mariana nos comentários do post. Em sua mensagem, elogiou a força da irmã durante os dias difíceis e ressaltou o papel fundamental que ela desempenhou em meio à dor. “Você foi o pilar da sua família. Uma heroína em silêncio”, disse Tatá.