Se você já assistiu ao filme “P.S. Eu te amo” sabe exatamente o tipo de emoção que a atitude de Heather McManamy desperta nas pessoas. Ela descobriu que estava com câncer de mama em 2013 e começou seu tratamento, mesmo sabendo que a doença estava em um estágio avançado. A mulher, de 35 anos, tem uma filha chamada Brianna, de apenas 4 anos. Por isso, ao saber da sua doença, Heather procurou uma forma de manter contato e fazer parte da vida da filha mesmo depois de sua morte.
A americana coloca em uma caixa cartas e objetos para a filha abrir quando for mais velha. Heather escreve para Brianna mensagens coloridas para cada uma das ocasiões que a menina ainda vai viver, mesmo sem ter a mãe por perto: Dia das Mães, aniversários, formatura, primeira carteira de motorista, casamento e até gravidez. Heather não considera que escrever essas mensagens significa que ela desistiu de lutar contra a doença: “Ainda tenho esperança, pois enquanto existirem opções de tratamento, estarei aqui tentando”.
Heather, Jeff e Brianna em 2013
Depois de anos de diagnóstico, o câncer se espalhou para o fígado e os ossos. Os médicos dizem que vão conseguir manter Heather viva por mais algum tempo, mas, como a doença se tornou irreversível, ela provavelmente não verá a filha crescer. Seu marido, Jeff, está ajudando Heather a planejar tudo para quando ela não estiver mais por perto. E os dois tomaram uma decisão: aproveitar o tempo em família o máximo possível.
A caixa que vai ser deixada para Brianna está cheia de bilhetes e vídeos ( mais de 40 itens) para os momentos mais importantes de sua vida. A mãe diz que não foi um processo fácil, mas que depois se tornou uma espécie de terapia para os momentos mais difíceis. “Muitas pessoas apenas morrem, mas estou tendo tempo para preparar tudo, portanto, farei o que posso para tornar a vida da minha família mais fácil”, falou ao BuzzFeed News.
Heather e a filha atualmente
Heather diz que não vai ficar chateada se Brianna decidir não abrir as cartas, porque cada um de nós lida com o luto de uma maneira diferente, mas elas estarão lá, se algum dia ela quiser ver. “Só penso que, se existe uma forma de confortá-la, quero oferecer isso a ela”, disse Heather, que resolveu contar a sua história para inspirar as pessoas e dar esperança a elas.