O que começou como uma crise de convulsão terminou em tragédia para uma família nos Estados Unidos. Abraham Clugston, um menino de apenas 2 anos, morreu após a equipe médica se recusar a levá-lo ao hospital, mesmo com os insistentes apelos da mãe. O caso aconteceu em abril de 2022, em Phoenix, no estado do Arizona, e só agora veio à tona com a divulgação de documentos do processo judicial.
Mãe pediu ajuda, mas foi desacreditada
Segundo informações da emissora local KPNX, a mãe de Abraham implorou aos socorristas para que levassem o menino ao hospital. Ela relatava sinais claros de que algo não estava bem, mas ouviu dos profissionais que estava “exagerando”. A orientação da equipe foi simples: administrar um analgésico em casa.
O processo de homicídio culposo movido pela família aponta que os socorristas sequer checaram os sinais vitais da criança ou mediram sua temperatura. A mãe, confiando na orientação dos profissionais, seguiu as instruções.
Tragédia horas depois
Cerca de cinco horas após a primeira visita da equipe de emergência, Abraham perdeu a consciência. Desesperada, a família acionou novamente o serviço de emergência. Desta vez, o menino foi levado ao hospital, mas infelizmente já não havia mais o que fazer. Abraham não resistiu.

A advogada da família, Breann Slack, destacou a importância de ouvir os pais em situações críticas: “Os bombeiros podem cometer erros, mas os pais conhecem seus filhos melhor. Isso foi, infelizmente, provado naquele dia”, afirmou.
Indenização e mudanças nos protocolos
Diante das falhas graves apontadas no processo, a cidade de Phoenix anunciou, no dia 18 de junho de 2025, que pagará uma indenização de US$ 2 milhões à família de Abraham como forma de encerrar o caso judicial.
Em nota oficial, a prefeitura declarou: “A cidade expressa suas mais profundas condolências. Após o incidente, uma revisão interna foi conduzida e medidas foram tomadas para aprimorar o treinamento e os procedimentos. Seguimos comprometidos com a proteção da saúde e da segurança da comunidade.”
Um alerta sobre escuta ativa e empatia
O caso de Abraham reacende o debate sobre como os profissionais de saúde lidam com os relatos de pais e mães diante de situações emergenciais. Muitas vezes, o instinto e a observação familiar são subestimados, mesmo quando a criança apresenta sinais visíveis de mal-estar.
A história de Abraham é também um lembrete doloroso da importância de ouvir com atenção, acolher com empatia e agir com responsabilidade, especialmente quando vidas tão pequenas estão em risco.