Um menino de apenas três anos teve parte do pênis amputado durante uma cirurgia para a retirada de fimose. Mas infelizmente a investigação sobre o caso está bem devagar, principalmente porque o médico responsável pelo procedimento morreu apenas dois após a cirurgia.
O cirurgião Dr. Pedro Guedes Abrantes tinha mais de 3o anos de experiência e trabalhava no Hospital Municipal Dr. Carlos Marx em Malacacheta, Minas Gerais. A criança não teve o nome relevado, mas o tempo todo o menino estava sendo acompanhado pela avó.
Mas quem reparou mesmo que o órgão do menino havia sido amputado, foi o pai, Albert Rocha Amaral, quando ele abriu o curativo e viu apenas uma “pontinha” do que seria o pênis. Segundo o portal R7, o pai precisou ser socorrido pelos enfermeiros do hospital quando percebeu o que havia acontecido.
“Quando nós abrimos o curativo, tinha uma gaze enrolada simulando um pênis no local”, conta Albert. Mas como o Dr. Guedes já tinha deixado a unidade, ele ficou um dia sem resposta. O médico plantonista disse que não poderia avaliar o caso porque não estava na sala de cirurgia.
Foi só no dia seguinte que a família conseguiu falar com o médico responsável. Mas Dr. Pedro Guedes se exaltou e disse apenas que o pai sabia dos riscos da cirurgia quando assinou o termo de consentimento. Albert ficou ainda mais revoltado e foi pedir ajuda até para o prefeito da cidade.
“Eu disse que só queria saber se houve algo errado para eu levar meu filho para onde fosse necessário”, continua o pai. A cirurgia aconteceu no dia 16 de setembro, mas na semana passada o R7 teve acesso ao lado feito pelo IML e consta que o menino teve “amputação parcial inadvertida do pênis” e também “houve laceração da pele do prepúcio com corpos cavernosos abertos e sangrantes, uretra pervea, hematoma moderado da bolsa escrotal e base do pênis”.
Agora, a família está lutando para achar cirurgias que consigam ajudar o menino a urinar sem precisar de sonda e também começar a pensar na reconstrução da genital. “Conversei com a parente de um médico que me contou sobre cirurgias de reconstrução que podem ajudá-lo, mas não sei como ficará o órgão dele agora”.
A investigação
Como o médico morreu dois depois da cirurgia, a delegada que investiga o caso foi direta: “Se ficar comprovado que houve erro e o médico tenha sido o único responsável, vou pedir o arquivamento pelo fato de ele já estar morto”. E a prefeitura lamentou o caso e disse que reembolsou a família pelos gastos com a nova internação.
Atualizações
Nessa terça-feira, 29 de outubro, os pais do menino voltaram a conversar com o R7. ” Ainda não há nada certo. Os médicos precisam avaliar o quadro dele para ver se é possível fazer a reconstituição, mas já é uma esperança. Foi uma parte muito pequena que conseguiram recuperar. Só a avaliação do especialista vai dizer o que podermos fazer agora”.
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